Imagem da câmera de segurança  -  (crédito: Reprodução)

Imagem da câmera de segurança

crédito: Reprodução

 

Uma família acusa um funcionário de uma loja de doces localizada na Zona Leste de São Paulo por constrangimento após abordagem que define como "injusta e racista". O caso aconteceu na última quinta-feira (22/8), mas ganhou visibilidade após a circulação do vídeo gravado pela mãe, onde a criança aparece logo no início e afirma que não havia roubado um biscoito. 

 

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O homem teria dito que viu, por meio das câmeras de segurança, o menino, que era negro, comendo o item sem pagar e escondendo o pacote atrás das prateleiras.

 


 

Na gravação, a mãe defende que o filho foi acusado de roubo na frente de clientes e funcionários e afirma que o gerente consultou as câmeras novamente, conferiu o vídeo e pediu desculpas pelo engano, mas ela questiona: “e o constrangimento? Como fica?”. Ela ainda pontua que tinha gasto cerca de R$ 500 no local para comemorar o aniversário da criança.

 


Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a investigação do caso prossegue pelo 54° DP (Cidade Tiradentes). “Todas as imagens do local foram coletadas e são analisadas. A mãe do menor já foi notificada a prestar esclarecimentos, visando auxiliar na investigação”.

 

 

O órgão confirma, ainda, que o inquérito apura o crime de calúnia, podendo ser alterado ao decorrer das investigações a partir do surgimento de novas evidências.

 

 

Depois da repercussão, a loja "Magic Doces" publicou uma nota de esclarecimento, mas logo a apagou das redes sociais da empresa. Os perfis da loja constam como “não disponíveis”. 


No texto, eles afirmam que “a mãe da criança optou por não seguir com a resolução em comum acordo e decidiu publicar vídeos nas redes sociais, alegando que nossa abordagem teria sido motivada por preconceito e racismo” e que, depois da análise das imagens de segurança, “o fato não foi constatado”. 


A empresa alega que “não compactua, sob nenhuma circunstância, com atitudes discriminatórias ou preconceituosas”, além de que “o funcionário envolvido está sendo orientado e, após apuração completa dos fatos, sendo constata qualquer irregularidade, todas as providências serão tomadas para que nenhuma outra ocorrência semelhante venha a ocorrer”.