SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Até a tarde desta terça-feira (13/8), 45 corpos de vítimas da queda do voo 2283 da Voepass foram identificados. Desses, 27 já foram liberados aos familiares, que são os primeiros a serem comunicados sobre o andamento do trabalho de reconhecimento.

 

 

Outros cinco corpos estão em processo de documentação para a liberação às famílias, de acordo com boletim emitido pelo governo de São Paulo.

 

O avião comercial com 62 pessoas a bordo caiu em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo no início da tarde de sexta-feira (9). Ninguém sobreviveu.

 



 

A unidade central do IML (Instituto Médico Legal) trabalha exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo da Voepass.

 

As equipes do governo de São Paulo seguem atendendo as famílias de vítimas no Instituto Oscar Freire, espaço localizado próximo ao IML. Nestes atendimentos, os familiares fornecem informações que subsidiam o trabalho dos peritos, além de material biológico.

 

Representantes do Instituto de Criminalística e do IML se reuniram nesta terça (13) com os familiares das vítimas, no hotel em que estão hospedados, para explicar como está sendo realizado esse processo de identificação e esclarecer as dúvidas, segundo o governo.

 

Mais de 40 médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalham na identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo, com apoio de equipes do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt).

 

"Cada caso possui sua complexidade e cada vítima necessita de exames específicos para viabilizar a total identificação, não sendo possível estimar prazos para que isso ocorra", afirmou o governo.

 

Restos mortais são encontrados nos destroços

Os trabalhos de remoção dos pertences das vítimas do acidente aéreo foram interrompidos no fim da tarde de segunda-feira (12), e não foram retomados até o começo da tarde desta terça.

 

A interrupção ocorre porque material genético das vítimas foi encontrado no local da tragédia, o que exigiu o retorno da Polícia Científica. Esse material, uma vez coletado, foi encaminhado durante à noite para o IML de São Paulo, onde acontece a identificação das 62 pessoas que morreram no acidente.

 

A informação foi confirmada à reportagem pelo chefe da Defesa Civil de Vinhedo, Maurício Barone.

 

Na manhã desta terça, veículos da perícia retornaram ao local para realizar fotometria e escaneamento da área.

 

De acordo com Barone, a Defesa Civil ainda aguarda a conclusão do trabalho da perícia para avaliar possíveis danos à estrutura de três imóveis, potencialmente atingidos pelo impacto da aeronave ao solo. Uma das casas -situada exatamente no local da tragédia- está interditada.

 

 

Além dos pertences das vítimas, que incluem bagagens, carteiras e celulares, ainda estão no local os destroços do avião. Empresa contratada pela Voepass fará a remoção dos objetos assim que a área for liberada pela perícia.

 

Inquérito policial

A Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia de Vinhedo, instaurou inquérito policial para investigar o acidente aéreo, em paralelo às investigações do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Diligências estão em andamento para esclarecer o caso.

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