RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - As cinco vítimas que morreram no acidente com o avião de pequeno porte que caiu nessa quinta (15/8) em Mato Grosso serão identificadas por meio de DNA ou odontologia legal. Segundo a Polícia Civil, os corpos foram todos carbonizados porque a aeronave explodiu no momento da queda.
O avião bimotor modelo King Air, de prefixo PS-AAS, caiu em uma fazenda a 80 km da cidade de Apiacás, no extremo norte do estado. Todos as pessoas a bordo morreram.
Os peritos recolheram apenas fragmentos -de ossos, por exemplo-, que foram enviados nesta sexta (16) para Cuiabá para a realização dos exames de identificação.
"A perícia vai trabalhar para tentar identificar as vítimas por meio de DNA. Devido aos fragmentos que foram encontrados, não foi possível confirmar a identidade de nenhum dos ocupantes, nem a posição em que os corpos estavam, devido à incineração", afirmou a delegada Paula Meira Barbosa.
As causas do acidente são investigadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
De acordo com a Polícia Civil, estavam no avião o empresário Arni Alberto Spiering, de 69 anos, dono da Sementes Ouro Branco, o gerente comercial da empresa, Ademar de Oliveira, e o piloto Helder de Souza, de 44 anos. A Sementes Ouro Branco afirma que dois netos do empresário, João Marcos Trojan Spiering e Arni Alberto Spiering Benez, também estavam na aeronave.
O grupo estava na hospedado na Pousada Amazônia Fishing Lodge, na divisa de Mato Grosso com o Pará. Eles fizeram a viagem para praticar pesca esportiva e voltariam para casa quando ocorreu o acidente.
Informações preliminares da Polícia Civil indicam que o avião voou cerca de 50 minutos e caiu a aproximadamente 7 km do local da decolagem. Os investigadores analisaram um vídeo que mostra o momento em que a aeronave decola, sem intercorrência aparente.
- Lotofácil 3183, Quina 6509 e outras loterias: números sorteados (16/8)
- Pai confunde sutiã da filha com pedaço de carne
- Menina estuprada por 10 homens conheceu namorado no Instagram, diz polícia
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, o avião fabricado em 2010 tinha capacidade para oito pessoas, entre tripulantes e passageiros, e a situação era regular.
A equipe do Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, chegou na tarde desta sexta em Apiacás para coletar os destroços do avião para análise e perícia.
Segundo a Polícia Civil, o avião estava registrado em nome do empresário Arni Alberto Spiering. Ele era gaúcho, natural de Venâncio Aires.
Em 2010, Spiering foi presidente do União Esporte Clube, time de futebol de Rondonópolis (MT), e chegou a ser homenageado com o título de cidadão mato-grossense pelo desempenho à frente do clube. Naquele ano, o time faturou o título inédito no Campeonato Estadual Mato-Grossense. Após a queda da aeronave, o clube divulgou uma nota de pesar.