O algodão é extremamente versátil. Anicézio Resende, gerente de laboratório da central de classificação de fibras de algodão da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), diz que com esse produto “nada se perde, tudo se produz”. Entre os usos mais conhecidos estão a fabricação de tecidos e óleo. No entanto, um destino menos conhecido para o algodão são as notas de dinheiro.

 

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O Banco Central do Brasil, por meio de uma cartilha de treinamento, diz que as cédulas de dinheiro são impressas em papel fiduciário composto de fibras de algodão. Anicézio Resende detalha que de três camadas do papel moeda, duas são de linter, que são as fibras curtas grudadas no caroço do algodão. 

 




Ele diz que o uso do linter, rico em celulose, garante maior resistência e durabilidade para as cédulas. Além disso, permite que haja textura, gravação de marca d’água e fio de segurança, todos fundamentais para a verificação de autenticidade das notas.  


Resende também diz que o Brasil exporta o linter que produz e importa papel moeda. 

 


Outros produtos

Outros produtos agrícolas também têm utilizações menos conhecidas. Por exemplo, o milho, além de ser usado para fabricação de óleos, massas e rações, é usado para “fazer pneus, sacolas, adoçantes, detergentes, filmes fotográficos, cabeça de fósforo, antibióticos, descartáveis como pratos, copos e talheres, baterias elétricas e etanol, o qual barateia o custo do combustível e contribui com o meio ambiente por ser renovável”, diz Luís Schiavo, CEO da Naval Fertilizantes. 

 


No caso da soja, o executivo cita o uso do produto como base para produção de vernizes, tintas, plásticos, cosméticos, adesivos, fibras e revestimentos na indústria química. 

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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