A polícia tenta montar o quebra-cabeça para elucidar a morte de João Miguel da Silva, 10 anos, que estava desaparecido há 15 dias. De acordo com a análise preliminar da perícia, o menino foi morto há cerca de três dias. Esse lapso de tempo entre o sumiço e o assassinato levanta várias possibilidades, incluindo hipótese de que a vítima tenha sido mantida em cativeiro.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
João Miguel morava com as tias em uma casa no Setor de Inflamáveis, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Na tarde de 30 de agosto, ele saiu de bicicleta para brincar com colegas na rua. Rafaela Santos, 23, tia do menino, disse que ele foi até um mercado próximo comprar um salgadinho para trocar um dinheiro.
Imagens do circuito interno de segurança de um ferro velho de uma rua do setor registraram João caminhando sozinho próximo ao horário do desaparecimento. A rua em questão é onde funciona um mercado e teria sido nesse momento que o menino foi comprar o salgado na conveniência. Depois disso, nenhuma outra câmera captou os passos da criança e sequer houve relatos sobre o paradeiro.
Corpo
A família relata ter recebido uma denúncia anônima sobre o possível paradeiro de João. O informante disse aos parentes que procurassem pelo menino em valas. Nessa sexta-feira (13/9), policiais civis, militares e bombeiros fizeram buscas em uma região de mata, no Lúcio Costa, e encontraram o corpo de João dentro de uma fossa de, aproximadamente, 1,5m de profundidade.
- Padre popular nas redes sociais morre em acidente de moto aos 29 anos
- Casos de COVID-19 se espalham em cinco estados e preocupam
João estava envolto a um lençol, com as mãos e pés amarrados e um tecido ao redor do pescoço. Preliminarmente, os peritos não encontraram sinais de perfurações causadas por arma de fogo ou faca. “A perícia de identificação civil da PCDF confirmou que o corpo localizado hoje (ontem) é do menor desaparecido”, confirmou a delegada-chefe da 8ª DP, Bruna Eiras.
De acordo com a investigadora, ainda não é possível determinar com exatidão a causa da morte devido ao avançado estado de decomposição do corpo. A perícia preliminar indicou que João morreu há pelo menos três dias. A principal linha de investigação sugere que o menino pode ter sido morto por asfixia.
Nem a bicicleta, nem o dinheiro foram encontrados. A polícia não descarta nenhuma hipótese e desconfia que o menino estava em poder dos criminosos desde o dia do desaparecimento. A delegada pede para que, quem souber de qualquer informação, ligue para o 197. A denúncia é anônima.