David Alves Bezerra é suspeito de enganar pelo menos nove mulheres no Ceará. A Polícia Civil informou que ele seria responsável por tirar R$ 300 mil das vítimas com truques que misturam crime e romantismo, o que levou a ser conhecido como Don Juan por investigadores. 

 

 


 

Esta é a terceira vez que o criminoso aplica golpes em mulheres. Em 2022, David Bezerra voltou a cometer crimes de estelionato após ser solto. Entre as estratégias para enganar as vítimas, ele se passa por servidores de órgãos federais com alto salário. 

 

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Entenda como Don Juan aplica seus golpes

 

O suspeito responde a vários processos por aplicar golpes em vítimas de Santa Catarina, Mato Grosso, Roraima, Ceará, Goiás e Distrito Federal. Para realizar os crimes, o infrator seduz mulheres, faz promessas e pede dinheiro ou bens emprestados dizendo que em breve os irá devolver. Após receber, ele desaparece. 

 

 

Nos dois últimos anos ele conseguiu tirar mais de R$ 300 mil. No entanto, o valor pode ser ainda maior se somados aos golpes aplicados às vítimas de outros estados do Brasil. 

 

'Don Juan' foi preso em outras ocasiões

 

Inicialmente, o 'Don Juan' foi preso em fevereiro de 2017, na cidade de Boa Vista, capital de Roraima. Na ocasião, ele foi acusado de enganar mais de 70 pessoas se passando por servidor de órgãos públicos, como a Secretaria de Fazenda, e dizia que tinha produtos eletrônicos para vender. Ele foi solto um mês após a prisão. 

 

Em junho de 2021, ele voltou a ser preso, desta vez em Fortaleza, após investigação da Polícia Civil. Desta vez, o Don Juan se passou por analista da Receita Federal para atrair mulheres e familiares com a promessa de conseguir objetos de luxo e eletrônicos apreendidos pela instituição. 

 

As investigações de 2021 mostraram que o golpista ostentava uma vida de luxos nas mídias sociais com o dinheiro arrecadado. Para dar maior credibilidade à farsa, David utilizava uniformes da Receita Federal e ainda fazia montagens em que aparecia em operações conduzidas pelo órgão. 

 

Após ser detido em Fortaleza, David foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. No ano seguinte, ele foi solto com tornozeleira eletrônica. Pouco tempo depois, ele teria voltado a cometer os crimes, e na última semana ele rompeu o dispositivo que monitora a localização de presos.  

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