O empresário Rodrigo Reis, conhecido como "Coach dos bitcoins", foi preso nesta quinta-feira (7/11) durante operação da Polícia Federal (PF) em Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com as autoridades, ele é suspeito de desviar aproximadamente R$ 260 milhões de 10 mil pessoas que investiram em criptomoedas a partir de sua empresa.
A operação foi batizada de “Profeta”, já que Rodrigo usava termos religiosos para conquistar os investidores, contou representantes da Polícia Federal. Nessa quinta-feira (7/11), os agentes de segurança cumpriram dez mandados de busca e apreensão e prisão preventiva no Rio de Janeiro e em algumas cidades de São Paulo, como Barueri, Cajamar e Salto.
A justiça do Rio de Janeiro também determinou o sequestro de bens dos investigados com objetivo de recuperar bens e ativos adquiridos a partir dos crimes.
Como 'Coach dos bitcoins' agia
Rodrigo é fundador da RR Consultoria e Investimentos, empresa que, pela internet, prometia aos clientes equilíbrio financeiro. Para isso, a instituição dizia que parte do dinheiro investido seria aplicado em criptomoedas, que supostamente dariam lucro entre 5% e 9% ao mês. Desde 2022, investidores dizem que quantia investida com a empresa sumia.
De acordo com a PF, os suspeitos criaram uma complexa estrutura empresarial para captar investidores. Quando se apropriavam do dinheiro, a quantia era enviada para o exterior através de corretoras de criptomoedas, conhecidas como exchanges.
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O Coach dos bitcoins passará por audiência de custódia em Jundiaí e, posteriormente, encaminhado à sede da PF na capital paulista - ele não será transferido para o Rio de Janeiro.
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Os investigados podem responder por apropriação indevida de valores, operação de instituição financeira sem a devida autorização, negociação de títulos ou valores mobiliários sem registro prévio e sem autorização da autoridade competente. Eles ainda podem ser responsabilizados pelos crimes de exercer atividade de administrador de carteira no mercado de valores mobiliários sem a devida autorização, lavagem de dinheiro por meio de ativo virtual e organização criminosa transnacional.