O secretário da Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, assina na tarde desta segunda-feira (11/11) resolução para criar uma força-tarefa responsável por investigar o assassinato de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC.
De acordo com a SSP, a iniciativa contará com a participação de membros da Polícia Civil e da Polícia Militar. A ação será coordenada pelo secretário-executivo do órgão, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves.
Por meio do decreto, será feita uma cooperação entre a SSP e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) para compartilhamento de informações e colaboração com autoridades federais. Além disso, a força-tarefa deverá informar periodicamente os detalhes da investigação, apresentando relatórios semanais. No caso de desdobramentos urgentes, um relatório deverá ser enviado imediatamente.
A ação será composta pelos seguintes integrantes:
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secretário Executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, coordenador da força-tarefa;
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delegado da Polícia Civil Caetano Paulo Filho, diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol);
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delegada da Polícia Civil Ivalda Oliveira Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP);
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coronel da Polícia Militar Pedro Luís de Souza Lopes, chefe do Centro de Inteligência da PM;
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coronel da Polícia Militar Fábio Sérgio do Amaral, corregedor da PM;
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perita criminal de Classe Especial Karin Kawakami de Vicente.
Entenda o caso
Gritzbach, um empresário jurado de morte pelo PCC, foi alvejado com mais de 29 tiros e atingido por 10, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última sexta-feira (8). Além do empresário, outras três pessoas foram atingidas. Celso Araújo de Novais, motorista de aplicativo atingido nas costas por um dos disparos, morreu no sábado (9).
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Os quatro policiais contratos por Gritzbach para fazer sua segurança — após ele negar participar do serviço de proteção oferecido pelo MPSP — não estavam presentes no momento do assassinato. Segundo eles, houve problemas mecânicos em um dos veículos que utilizavam e apenas um deles foi ao aeroporto, acompanhado do filho e do sobrinho do empresário.
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O alvo dos disparos havia sido preso em 2022 após ser acusado de encomendar a morte de Anselmo Bechele Santa Fausta, o Cara Preta, membro do PCC, com quem possuía negócios envolvendo compra e venda de imóveis e criptomoedas. Dentro da prisão, a vítima fechou um acordo de delação premiada com o MPSP para revelar os esquemas de lavagem de dinheiro da facção.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro