Marcelo Junior Bastos Santos confessou à Polícia Civil que estrangulou a cuidadora de idosos Cintia Barbosa. O crime, que aconteceu em Goiânia (GO) nessa segunda-feira (4/11), foi motivado após a vítima ter recusado um beijo do criminoso. 

 




Santos foi representado pela Defensoria Pública, que comunicou que não comentará sobre o caso. O delegado Carlos Alfama disse que o suspeito utilizou uma fita crepe utilizada para prender as fraldas dos pacientes para cometer o feminicídio.

 


Entenda o caso


A delegada da Central de Flagrantes, Laura Soares, disse, ao portal G1, que o caso foi aberto após o marido da vítima ter denunciado seu desaparecimento. O homem afirmou ter levado Cintia para o trabalho, mas que ela não teria retornado e nem atendia o celular.    

 


Marcelo, que trabalhava com a cuidadora, disse à família de idosos que ela não teria aparecido para trabalhar. No entanto, os policiais buscaram as câmeras do local e viram que ela entrou na casa. "Então, já tinha algo a se suspeitar contra o cuidador”, disse a delegada. 


Segundo Laura, o suspeito pediu uma pá a um vizinho, o que também levantou suspeitas, fazendo com que a Delegacia de Homicídios fosse acionada. Carlos Alfama disse que a terra do quintal da residência onde Cintia trabalhava estava remexida e que a cerca elétrica estava repuxada. 

 


Então, as autoridades decidiram entrar no imóvel ao lado, que estava desocupado, e encontraram o corpo da cuidadora. Alfama disse que suspeitavam que Marcelo teve ajuda para jogar a vítima sobre o muro , mas as imagens da câmera de segurança “mostraram que ele agiu sozinho”. 


A polícia suspeita que Marcelo tenha tentado estuprar Cintia antes do feminicídio. “Agora, aguardamos o laudo, que tem o prazo de dez dias para ser concluído”, disse o delegado.

 


Cuidadora de idosos tentou fugir


Marcelo foi preso em flagrante no mesmo dia em que o corpo foi encontrado (6/11). Alfama informou que o suspeito estrangulou a vítima com um mata-leão - quando se coloca os braços em volta do pescoço da pessoa, pelas costas, até provocar asfixia e perde de consciência. 

 


Segundo o delegado, Marcelo teria achado que “ela já tinha morrido (foram palavras dele aqui no interrogatório) e saiu para um outro cômodo. De repente, ele percebeu que ela retomou a consciência e tentou fugir”. 

 


O criminoso foi atrás da cuidadora e desferiu outro mata-leão. Em seguida, ele utilizou a fita crepe para enforcá-la novamente.


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Cintia Ribeiro Barbosa, 38, havia se casado oito dias antes do crime. De acordo com uma amiga da cuidadora, que preferiu não ser identificada, a mulher era muito querida pelo casal de idosos com quem trabalhava há cerca de seis anos. Ela deixa o marido e quatro filhos. 

 

*Estagiário sob a supervisão do subeditor Humberto Santos


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