SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os policiais militares responsáveis pela segurança do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos, foram identificados e tiveram seus celulares apreendidos pela Polícia Civil. Eles foram afastados preventivamente.

 

 

 

Gritzbach foi assassinado no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na tarde de sexta-feira (8/11). A principal hipótese é de que ele tenha sido morto a mando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

 



 

 

Os PMs que escoltavam o empresário se apresentaram espontaneamente no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) horas depois do crime.

 

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Gritzbach era jurado de morte pela facção criminosa. Ele era suspeito de ter mandado matar dois integrantes do PCC. Também fechou um acordo de delação premiada com a Justiça.

 

Segundo o Ministério Público, os agentes foram contratados pelo empresário para fazer sua escolta particular e não estavam a trabalho no local. Ele também teria recusado oferta da Promotoria para receber segurança.

 

Conforme o boletim de ocorrência do ataque de sexta, oito celulares foram apreendidos e devem passar por perícia. Quatro deles são de propriedade dos policiais militares que faziam a segurança do empresário. Dois estão em nome do motorista de Gritzbach e um outro do filho da vítima.

 

Os policiais identificados no boletim de ocorrência são: Leandro Ortiz, 39; Jefferson Silva Marques De Sousa, 29; Romarks Cesar Ferreira De Lima, 35, e Adolfo Oliveira Chaga, 34. No documento, eles são apontados como testemunhas do ataque.

 

Rostos cobertos

 

De acordo com o relato no boletim de ocorrência, os tiros foram disparados por dois homens que desceram de um Volkswagen Gol preto. Eles vestiam balaclava para cobrir o rosto. Os tiros foram disparados por armas longas. O documento não menciona o tipo de calibre da munição.

 

Gritzbach retornava de uma viagem. Seu motorista contou aos investigadores que avisou os policiais militares sobre a chegada no aeroporto.

 

 

O homem disse em seu depoimento que, no momento dos disparos, o empresário se preparava para entrar no veículo no qual estavam seus familiares, além dos policiais militares.

 

De acordo com a Polícia Civil, o carro deixou o local depois dos tiros, mas retornou na sequência.

 

Familiares presenciaram

 

"Sendo então abordado por investigadores desta especializada quando então identificados em seu interior quatro policias militares, um familiar e um amigo da vítima", diz trecho do boletim de ocorrência.

 

 

A escolta de Gritzbach ainda contava com um segundo veículo, um Volkswagen Amarok. O SUV, porém, quebrou no meio do caminho e não chegou até o aeroporto.

 

Conforme a investigação, a namorada do empresário e um dos seguranças deixaram o local com os pertences da vítima e do motorista.

 

Os outros três feridos no ataque no aeroportos afirmaram não conhecer Gritzbach.

 

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