SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma equipe da Polícia Militar encontrou armas e carregadores que podem ter sido usados no ataque que resultou na morte do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos, na tarde de sexta-feira (8/11) no aeroporto Internacional de São Paulo.

 

O armamento, entre eles uma fuzil AK-47 calibre 7,62 e uma pistola 9 milímetros carregada, foram localizados por policiais militares do 15º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) dentro de uma mala em um terreno na Rua Guilherme Lino dos Santos, por volta das 17h40 deste sábado (9).

 



 

Os policiais militares chegaram ao endereço após uma denúncia anônima. O material foi recolhido e vai passar por perícia para comprovar se eles realmente foram usadas no assassinato. O ataque deixou outras três pessoas feridas. Duas delas seguem internadas.

 

A Rua Guilherme Lino dos Santos é a mesma onde um veículo Volkswagen Gol preto, supostamente envolvido no ataque, foi abandonado. O DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) investiga o caso.

 

Queima de arquivo

 

Uma das hipóteses é de que Gritzbach tenha sido morto a mando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). No entanto, membros do Ministério Público que investigam a facção criminosa não descartam uma possível queima de arquivo.

 

 

Gritzbach era jurado de morte pela facção criminosa. Ele era suspeito de ter mandado matar dois integrantes do PCC em 2021. Mais recentemente, também fechou um acordo de delação premiada com a Justiça.

 

Segundo o Ministério Público, Gritzbach teria recusado a oferta da Promotoria para receber segurança. Ele havia contratado policiais militares para realizar a escolta dele.

 

Os PMs que escoltavam o empresário se apresentaram espontaneamente no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) horas depois do crime.

 

Conforme o boletim de ocorrência do ataque de sexta, oito celulares foram apreendidos e devem passar por perícia. Quatro deles são de propriedade dos policiais militares que faziam a segurança do empresário. Dois estão em nome do motorista de Gritzbach e um outro do filho da vítima.

 

Os policiais identificados no boletim de ocorrência são: Leandro Ortiz, 39; Jefferson Silva Marques De Sousa, 29; Romarks Cesar Ferreira De Lima, 35, e Adolfo Oliveira Chaga, 34. No documento, eles são apontados como testemunhas do ataque.

 

Armas longas

 

De acordo com o relato no boletim de ocorrência, os tiros foram disparados por dois homens que desceram de um Volkswagen Gol preto. Eles vestiam balaclava para cobrir o rosto. Os tiros foram disparados por armas longas. O documento não menciona o tipo de calibre da munição.

 

 

Gritzbach retornava de uma viagem. Seu motorista contou aos investigadores que avisou os policiais militares sobre a chegada ao aeroporto.

 

O homem disse em seu depoimento que, no momento dos disparos, o empresário se preparava para entrar no veículo no qual estavam seus familiares, além dos policiais militares.

 

De acordo com a Polícia Civil, o carro deixou o local depois dos tiros, mas retornou na sequência.

 

"Sendo então abordado por investigadores desta especializada quando então identificados em seu interior quatro policias militares, um familiar e um amigo da vítima", diz trecho do boletim de ocorrência.

 

 

A escolta de Gritzbach ainda contava com um segundo veículo, um Volkswagen Amarok. O SUV, porém, quebrou no meio do caminho e não chegou até o aeroporto.

 

Conforme a investigação, a namorada do empresário e um dos seguranças deixaram o local com os pertences da vítima e do motorista.

 

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Os outros três feridos no ataque no aeroportos afirmaram não conhecer Gritzbach.

 

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