A médica veterinária Alexandra Ariadine teve uma reação severa a um medicamento que começou a tomar no início de novembro, o que a obrigou a ser internada em estado grave. Após realizar exames, ela foi diagnosticada com Síndrome de Stevens-Johnson, condição rara que afeta a pele e mucosas em casos de reação a remédios ou mesmo uma infecção.
A veterinária utilizou o TikTok para compartilhar sua condição e alertar os usuários sobre a síndrome. A família de Alexandra criou uma campanha online para auxiliar com os custos do tratamento, cuja meta é alcançar R$ 70 mil.
Veterinária convive com dores
A profissional contou que foi trabalhar normalmente, mas, durante o expediente, passou mal, tendo “ficado com os olhos incomodados - como se fosse conjuntivite - e aftas na boca. Vim direto para a emergência e, depois de vários exames, descobri que eu estava com um processo alérgico muito agressivo e raro”, contou em uma publicação, que já tem mais de 3,3 milhões de visualizações.
Alexandra diz que sua situação é “grave, que pode fazer sepse, afinal todo meu tecido está necrosando, trocando, então tudo é risco”. A veterinária desabafou afirmando que está ansiosa para voltar à sua rotina - ela passou cerca de duas semanas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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“A sensação que eu tenho é de desespero porque dói tudo, a sola dos meus pés, das mãos, toda a minha pele. Não consigo comer, não consigo enxergar direito por conta dessa alteração que consome o tecido”, disse.
Alexandra continua internada, mas foi transferida para o quarto. A médica veterinária contou que gosta de se exercitar, trabalhar e estar com a família, mas que a vida “para um pouquinho, ela te tira do teu rumo e te faz enxergar outras coisas”.
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A mulher perdeu cinco quilos, já que não consegue se alimentar. Além disso, ela pode ter sequelas nas córneas devido a gravidade das lesões.
Entenda a Síndrome de Stevens-Johnson
A condição da veterinária, não contagiosa, começa como uma gripe, mas evolui para uma irritação na pele que rapidamente forma dolorosas erupções e bolhas por todo o corpo. Apesar de não ter como prevenir um primeiro caso da síndrome, é importante seguir as orientações médicas e da bula, além de não voltar a usar o medicamento que tenha causado a reação, já que pode desencadeá-la novamente.
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Segundo o Hospital Albert Einstein, pessoas com a síndrome de Stevens-Johnson devem ser encaminhadas à unidade de saúde para que a reação seja controlada. Caso tudo ocorra bem, a pele regenera-se aos poucos, sem necessidade de enxertos, apesar da semelhança com queimaduras graves.