Uma motorista de ônibus que trabalha na linha que liga o Méier à Candelária, no Rio de Janeiro, foi brutalmente agredida por um morador de rua que invadiu a condução. O caso aconteceu nessa terça-feira (24/12), em plena véspera de Natal, e os últimos passageiros deixavam o ônibus. As agressões foram registradas por câmeras de segurança do coletivo.
“Eu fiquei olhando pelo retrovisor quando ele pegou um pedaço de cano e veio me agredir por trás da roleta. Atingiu minha cabeça, abriu um pouco a minha testa e não tinha ninguém na rua, não tinha nada, estava tudo deserto”, relatou a vítima.
A motorista que trabalha para a Empresa de Transportes Braso Lisboa, também afirmou que se sentiu totalmente desprotegida e, caso esse morador de rua estivesse com uma faca, a teria matado.
”Uma terça-feira de Natal, eu querendo chegar em casa para passar com a minha família, e aconteceu isso, mas graças a Deus estou bem. Espero que a Justiça seja feita, porque do jeito que ele fez comigo, ele pode fazer com qualquer um, e eu só estava trabalhando para poder levar o alimento para minha família”, finalizou.
O caso foi registrado na 23ª DP (Méier). A vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito e os agentes realizam diligências para identificar o autor.
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Rotina de violência
Em nota, o Rio Ônibus lamentou o caso de agressão e destacou a crescente violência que afeta passageiros e rodoviários na cidade. A entidade reforçou o apelo para que as autoridades de segurança pública adotem medidas para garantir a segurança e o direito de ir e vir da população.
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Confira a nota na íntegra:
“Todos os dias a violência no Rio de Janeiro afeta diretamente a vida dos passageiros e rodoviários. É lamentável que uma motorista seja agredida em plena véspera de Natal, enquanto trabalha. Somente em 2024, 230 rodoviários foram afastados por problemas psicológicos, segundo o Sindicato dos Rodoviários. Dados alarmantes que reforçam a vulnerabilidade a qual a população está submetida. O Rio Ônibus reitera o apelo para que as autoridades de segurança pública tomem alguma providência para garantir o direito de ir e vir das pessoas”.