O próximo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos, previsto para esta sexta-feira (7/2), deve pousar em Fortaleza. Fonte ouvida pela reportagem assegura que o desembarque vai ocorrer na capital do Ceará e que representaria uma jornada de cinco horas a menos em comparação à viagem até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, onde os imigrantes chegaram da última vez. Dessa maneira, os brasileiros deportados não ficariam algemados em território nacional



A fonte afirma ainda que Fortaleza possui um posto de acolhimento humanizado em funcionamento, com atendimentos multidisciplinar.

O atendimento aos repatriados dos EUA deve ser feito com a equipe do posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), instalado no aeroporto de Fortaleza. Ainda não foram divulgados quantos serão os deportados.

A princípio, o governo federal anunciou que seria montado um posto de acolhimento aos repatriados no aeroporto de Confins. Ainda não foi informado se voos com deportados oriundos dos Estados Unidos vão desembarcar mesmo em Fortaleza ou serão mantidos para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte.

As negociações para a mudança do aeroporto se desenrolaram após a primeira deportação do governo, que aconteceu sob denúncias de falhas no avião e maus-tratos. 

Primeira deportação

No primeiro voo de deportação, 88 brasileiros chegaram ao país acorrentados e algemados. Na noite de sexta-feira (24/1), o voo vindo dos EUA chegou a Manaus (AM). A aeronave tinha como destino o aeroporto de Belo Horizonte, mas apresentou um problema técnico e precisou pousar na capital do Amazonas.

Ao Estado de Minas, brasileiros deportados relataram que a aeronave disponibilizada pelo governo norte-americano estava em condições precárias. O passageiro Kalebe Barbosa Maia, de 28 anos, estava há seis anos nos Estados Unidos e foi preso há seis meses. “Foi uma viagem muito difícil até chegar aqui no Brasil. Fomos muito humilhados pela imigração americana. Trataram a gente mal”, contou.

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O passageiro relatou que, diante da situação, ele e os demais tomaram uma “atitude drástica”: abriram a porta de emergência e pediram socorro quando a aeronave pousou no aeroporto de Manaus. “O ar condicionado estragou. A turbina do avião falhando. As condições eram precárias. Foi um momento desesperador.” Kalebe relatou ter visto fumaça saindo de uma das turbinas da aeronave.

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