Com o aquecimento global, diversos lugares do mundo vêm atravessando eventos ambientais extremos com frequência. Uma soma de fatores, que incluem a ação humana e a devastação do meio ambiente, estão envolvidos na ocorrência cada vez maior de desastres naturais.


Ondas de calor, incêndios, inundações, furacões, períodos de seca extensos ou chuvas fora de controle são alguns deles. No Brasil, os efeitos das mudanças climáticas também são sentidos de várias formas. E, nos últimos dias, o fogo que atinge o Pantanal mobilizou autoridades, ambientalistas e a população em geral.


Segundo informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além dos seus profissionais, o governo do Distrito Federal e a Força Nacional enviaram bombeiros e agentes para ajudar nos trabalhos na região. Diversos órgãos e agências atuam em conjunto na ação de combate aos incêndios no Pantanal, e essa união é extremamente necessária diante do quadro.


As queimadas provocam destruição das áreas que afetam, além de emitirem gases poluentes e fumaça, que causam mal à saúde das pessoas ao redor, mas que também podem gerar problemas em longas distâncias.


Segundo dados da organização não-governamental WWF-Brasil, os biomas nacionais registraram recordes de incêndios nos primeiros seis meses de 2024. Ainda conforme a entidade, Pantanal e o Cerrado totalizaram a maior quantidade de queimadas no período, desde o início das medições, em 1988, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).


No Pantanal, de 1º de janeiro a 23 de junho, conforme a ONG, foram detectados 3.262 focos – um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período no ano anterior, representando o maior número da série histórica do INPE. Neste mês, levantamentos apontam que houve uma ocorrência de queimada a cada 15 minutos.


O Pantanal é a maior área úmida continental do mundo, e é também lar de uma imensa biodiversidade. O fogo que devasta sua paisagem provoca prejuízos materiais e compromete seriamente a vida na região, com consequências que se estendem globalmente.


A emissão de gases poluentes na atmosfera, piorando a qualidade do ar e causando o aumento das doenças respiratórias, tem sido outro problema com a realidade crítica no Pantanal. A diminuição da fertilidade do solo, que perde matéria orgânica e umidade, afeta o país economicamente, e o mundo ambientalmente.


Apesar de as mudanças climáticas, com o aquecimento do planeta, ser uma das causas dos incêndios no Pantanal, não se pode ignorar a ação humana nesses eventos. Muitas vezes, não é possível a muitos colaborar diretamente na luta contra as chamas, mas cada cidadão pode tomar decisões que piorem ou amenizem a situação.


Posturas adotadas no cotidiano determinam o mundo que queremos viver – e deixar para as próximas gerações. Atitudes individuais sustentáveis são cada vez mais essenciais na atualidade. Governos, em todas as suas esferas, e instituições de diversos setores também precisam trabalhar incessantemente para a conversação dos biomas. Muitas perdas ambientais já são consideradas irreversíveis por especialistas. Cabe a cada um, a partir de agora, refletir sobre essa realidade e escolher qual caminho seguir: da preservação ou da destruição.

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