Não há dúvidas de que a inteligência artificial tem transformado a vida de pessoas e empresas. Também não é novidade que essa transformação tem fatores positivos e negativos, gerando uma infinidade de discussões entre autoridades de diversas áreas do conhecimento.


O estudo “IA: Problema ou Solução? Como os brasileiros percebem os impactos da Inteligência Artificial”, realizado pela MindMiners, empresa de tecnologia especializada em consumer insights, acaba de ser divulgado e traz dados que mostram os impactos da IA sobre o nosso cotidiano.


Participaram do levantamento 2 mil pessoas acima de 18 anos de todas as regiões do Brasil. Mais da metade dos entrevistados (56%) acreditam que a IA já está gerando impactos na sociedade, o que demonstra a influência da tecnologia sobre a sociedade. A mesma porcentagem (56%) interage com alguma ferramenta, aplicativo, sistemas ou serviços que tenham inteligência artificial, e 54% acreditam que a IA vai ajudá-los no dia a dia, melhorando a produtividade. Enquanto 12% esperam ver essas mudanças em um ano, outros 20% preveem impactos em cinco anos, e 7% em 10. Apenas 4% não acreditam que a IA trará impactos.


A pesquisa identificou também os principais sentimentos em relação às mudanças observadas e as que ainda estão por vir com o avanço da tecnologia: curiosidade (25%), insegurança (15%), receio (13%), otimismo (12%) e medo (8%). Em outras palavras, as pessoas têm percebido as mudanças e demonstrado interesse pelo tema. No entanto, essas transformações ainda são nebulosas, gerando um desconforto, apesar da curiosidade. Quando questionadas as áreas de atuação daqueles que utilizam a IA no trabalho, 21% são do setor de tecnologia, 10% de educação e 8% de vendas e atendimento ao cliente.


É real o receio de que a automação possa substituir empregos, tornando-se motivo de preocupação no ambiente corporativo. Conforme a pesquisa, 33% dos respondentes têm medo de perder seus empregos para a IA, e esse montante não pode ser ignorado, especialmente em um país em que as desigualdades socioeconômicas e disparidades entre quem usufrui e quem não tem acesso à tecnologia são gigantescas.


Por outro lado, 40% discordam dessa ideia, o que sugere que uma parte significativa da população vê a IA como uma aliada que pode complementar habilidades, em vez de substituí-las. É o caso das instituições de ensino, cujos estudantes e docentes participam ativamente de discussões sobre o tema, com o uso de plataformas de aprendizagem ajustadas a demandas individuais.


Fato é que a inteligência artificial deixou de ser um artifício futurista e está moldando a forma como nos comunicamos, como trabalhamos, enfim, como vivemos. E a tendência é que esses processos evoluam e cada vez mais façam parte das nossas vidas. A nós cabe observar e participar dessa transformação, compreendendo a temática e tirando o maior proveito possível dos avanços tecnológicos, sem deixar de lado o bem-estar social. 

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