Em 1º de janeiro de 2025, as cidades brasileiras partem para uma nova etapa de suas histórias. Problemas relacionados à saúde, segurança, educação, moradia, transporte público, emprego, serviços, limpeza urbana, lazer e outros passam a ter, mais uma vez, a chance de serem solucionados. Isso, com o pleno engajamento da população e o cumprimento das promessas de campanha dos prefeitos eleitos nos pleitos municipais.


Ontem, as votações de segundo turno foram concluídas. Agora, começa o processo de transição para as equipes dos gestores que assumem no lugar dos atuais e, para os reeleitos, é a fase de avaliar o que precisa mudar. Um período de extrema importância e que pode ser determinante para o sucesso das futuras administrações.


A escolha dos secretários e dos assessores precisa ser feita com celeridade, assim como a definição das primeiras ações. Não há espaço para perda de tempo. O cidadão não pode mais esperar que demandas antigas sigam sem resoluções. As reivindicações são conhecidas e o Executivo municipal tem a obrigação de, desde a largada do trabalho no próximo ano, corresponder à confiança depositada nas urnas.


A classe política possui o hábito de apresentar muitas saídas para as necessidades que afligem a população durante a disputa pelo voto. Planos de governo são divulgados em programas de TV e rádio, entrevistas em jornais, debates e propagandas eleitorais, mas depois parece que a maioria das propostas não passavam de devaneios. Na prática, muito do que foi colocado não é desenvolvido e o discurso vira uma sequência de justificativas para tentar amenizar as frustrações dos eleitores.


Já passou da hora de interromper esse ciclo no Brasil, e iniciar a virada pelas cidades é um bom caminho. É na participação diária nas ações políticas que os cidadãos passam a fazer valer a Constituição Federal, cumprindo a determinação de que o poder emana do povo.


A iniciativa popular de identificar os problemas, se organizar e cobrar dos seus representantes é essencial na democracia. Em nível municipal, o contato fica muito mais possível, podendo alcançar resultados de forma ágil. A partir daí, o país pode começar a garantir avanços no campo da execução dos compromissos de campanha.


Os moradores têm todo o direito de ir às câmaras e prefeituras exigir as soluções para as questões que são da alçada dos vereadores e do prefeito. Em suas comunidades, bairros e regiões, os cidadãos podem criar comitês para identificar as maiores carências e apresentá-las aos que se comprometeram em trabalhar para aprimorar a cidade.


Dentro dos gabinetes, a conduta de quem foi eleito tem de ser efetiva. As portas devem estar abertas para receber a população e ouvir suas demandas. Os municípios brasileiros necessitam progredir em diversos aspectos. De saneamento básico à implantação de tecnologias para facilitar a vida dos cidadãos, há inúmeros atrasos a serem superados.


As administrações municipais precisam assumir suas responsabilidades. O que não foi feito no passado e as heranças indesejadas não podem ser empecilhos. A transformação para um Brasil melhor passa pelo cotidiano das cidades. Que os eleitores cobrem e os prefeitos cumpram suas funções.