Somente de 3 a 9 de março deste ano, 277 pessoas morreram em decorrência da doença no Brasil - 40 por dia, em média
 -  (crédito: EBC - Saúde)

Relatório da OMS mostra retrocesso na expectativa de vida da população mundial motivada pela pandemia de COVID-19 entre 2019 e 2021

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A pandemia de COVID-19 reduziu em quase dois anos a expectativa de vida entre 2019 e 2021, acabando com uma década de progressos, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (24/5). De acordo com o informe anual da OMS sobre estatísticas mundiais de saúde, entre 2019 e 2021 a expectativa de vida mundial diminuiu em 1,8 ano, caindo para 71,4 anos em média, mesmo nível de 2012.

 

Da mesma forma, a expectativa de uma pessoa poder viver com boa saúde diminuiu em 1,5 ano, ficando em 61,9 anos em 2021, também se igualando a 2012. "Em apenas dois anos, a pandemia de COVID-19 eliminou uma década de progressos na expectativa de vida", destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, destacando a importância de um acordo sobre pandemias.

 

 

Em sua avaliação, o acordo serviria "não só para reforçar a segurança sanitária mundial, mas também para proteger os investimentos a longo prazo no âmbito da saúde e promover a igualdade dentro dos países, e entre eles".

 

Nesta sexta, os países-membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) se reuniram mais uma vez para tentar chegar a um acordo sobre o combate às pandemias, mas terminaram sem que um acordo fosse alcançado. 

 

"Visto que fizeram tudo o possível, não se deve lamentar", declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, considerando que "isto não é um fracasso" e que é preciso seguir adiante porque "o mundo continua precisando de um tratado sobre as pandemias".

 

Há mais de dois anos, um grupo de países tenta desenvolver um marco geral para responder a estas situações e, apesar dos progressos das últimas semanas, ainda persistem obstáculos difíceis de superar.

 

 

 

A expectativa de vida não diminuiu da mesma maneira em todo o mundo durante a pandemia de COVID-19, que matou milhares de pessoas. Segundo um comunicado da OMS, as regiões da América e do sudeste asiático foram as mais afetadas, com uma diminuição de aproximadamente três anos da expectativa de vida e de 2,5 anos de vida saudável. 

 

Em contraponto, a região do Pacífico Ocidental foi a menos afetada, com uma queda inferior a 0,1 ano na expectativa de vida e de 0,2 ano da expectativa de vida saudável no mesmo período.