Cemig
O setor elétrico brasileiro passa atualmente por grandes transformações, e uma das principais novidades é a abertura do Mercado Livre de Energia para os clientes do Grupo Tarifário A (aqueles atendidos em média e alta tensão). Este modelo de contratação oferece a liberdade de escolher o próprio fornecedor de energia e obter descontos significativos na fatura.
Segundo Dimas Costa, vice-presidente de Comercialização da Cemig, “quase 200 mil potenciais clientes de todo país têm a oportunidade de contratar fornecimento de energia com garantia de qualidade, continuidade e significativos descontos nas faturas, aumentando a competitividade em sua área de atuação, além de permitir a realização de investimentos com o valor economizado na conta de energia”.
Conheça a seguir o Mercado Livre de Energia, como ele funciona e quais benefícios está trazendo para as empresas adeptas em todo o Brasil.
Conheça a origem do Mercado Livre de Energia
No Brasil, o Mercado Livre de Energia surgiu no início dos anos 2000, mas seu ambiente era restrito a grandes clientes - a primeira grande leva de migração dos consumidores aconteceu em janeiro de 2005. Isso significa que, desde as mudanças na regulação, o público atendido vem se ampliando consideravelmente.
Agora, parte dos clientes do Grupo Tarifário A pode fazer suas próprias escolhas, reduzindo custos e contemplando ações de sustentabilidade. Essas mudanças transformaram definitivamente a forma como as empresas contratam energia: hoje, 39% da energia livre consumida no Brasil vem do Mercado Livre de Energia e esse número vem crescendo ano após ano.
É nesse contexto que a Cemig se apresenta, desde o início, como uma das mais fortes companhias do Mercado Livre de Energia no Brasil. Por ser o maior Grupo Integrado de Energia do país, atuando em comercialização, geração, transmissão e distribuição de energia, além de distribuição de gás natural e energia solar, a companhia é líder do Mercado Livre de Energia, com um market share de 15% no Brasil.
“A Cemig segue atuante no Mercado Livre de Energia com a mesma intensidade que tem lhe garantido a liderança desde meados dos anos 2000. Ao longo desses anos, temos assinado contratos de fornecimento de energia com alguns dos mais importantes clientes do país”, afirma Dimas Costa.
As diferenças entre Mercado Livre (ACL) e Mercado Cativo (ACR)
O mercado brasileiro de energia é dividido entre Ambiente Contratação Livre (ACL) e Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Portanto, antes de conhecer mais sobre o Mercado Livre de Energia, é importante entender as diferenças entre ele e o Mercado Cativo.
No Mercado Cativo (ou Ambiente de Contratação Regulada), os consumidores são atendidos pela distribuidora local e, consequentemente, os serviços são padronizados, não havendo a possibilidade de escolher a fornecedora de energia. Isso significa que os clientes ficam limitados às ofertas propostas pela empresa, reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica, com pouca flexibilidade para escolher dentre as alternativas apresentadas - alternativas essas que, ainda assim, não proporcionam a possibilidade de personalização de planos mais vantajosos e econômicos.
Já no Mercado Livre de Energia (ou Ambiente de Contratação Livre), os consumidores têm liberdade de escolher o fornecedor de energia, com quem mantêm um relacionamento próximo e recebem atendimento personalizado. Dessa forma, fica mais fácil negociar preços, prazos e condições diretamente, além de tornar possível obter uma economia significativa nas faturas de energia - economia essa estimulada pela competição entre fornecedores.
Afinal, o que muda com o Mercado Livre de Energia?
Nas grandes empresas do Brasil, os líderes atuais reconhecem a necessidade de alinhar as atuais e futuras transformações de custos com prioridades estratégicas, como crescimento, sustentabilidade e inovação, destacando a importância de incorporar tecnologias que permitam a construção de novos recursos. Essa abordagem não apenas ressalta a urgência de mudanças, mas também destaca a conexão entre a eficiência financeira das organizações e as metas de sustentabilidade e inovação.
Nesse contexto, o Mercado Livre, diferentemente do Mercado Cativo, surge como uma opção que contribui para a economia geral das empresas, permitindo a geração de novos negócios, o aumento de lucros e a garantia de receber energia limpa, renovável e rastreável. Alguns dos principais benefícios são:
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redução de até 35% no valor da fatura e propostas personalizadas;
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descontos na fatura a partir de contratos de negociação de preços e prazos;
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recebimento de Certificados de Energia Renovável (CEMIG REC e I-REC), que comprovam a procedência da energia produzida com fontes limpas;
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contratação de energia sob medida, adequando a carga contratada às necessidades do negócio;
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contratação digital e facilitada;
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regra de preço e indexadores conhecidos pelo cliente durante a contratação;
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liberdade de escolha do fornecedor, avaliando solidez, competência, segurança e outros atributos.
Acostumado a lidar com a compra e venda de energia no mercado para atender os clientes, o gerente de Análises e Controles dos Riscos da Cemig, Marco Aurélio Oliveira Dias, comenta que houve uma grande evolução desde o surgimento do Mercado Livre até hoje, tanto por parte dos clientes quanto das comercializadoras: “com a abertura, agora em 2024, para um maior número de clientes, as condições se tornaram ainda mais atrativas. Sem dúvidas, isso vem chamando a atenção dos gestores de empresas, afinal, é possível economizar no valor destinado à compra de energia e a diferença de custos poderá ser investida em outras áreas, o que de certa forma ajudará a impulsionar os negócios”, ressalta.
Quem pode participar do Mercado Livre de Energia?
Empresas de qualquer parte do país podem escolher entre comprar energia da distribuidora local ou de qualquer outra empresa geradora de energia no país. A Cemig já atende clientes conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em todo o Brasil, ou seja, em 25 estados e no Distrito Federal (apenas Roraima ainda não faz parte do SIN).
Desde janeiro de 2024, a migração do modelo atual de consumo para o Mercado Livre de Energia está liberada para todos os clientes de média e alta tensão (Grupo Tarifário A) com demanda maior ou igual a 500 kW. As empresas interessadas podem conferir nas próprias faturas de energia se pertencem ao Grupo Tarifário A e, em caso positivo, devem acessar o site da Energia Livre Cemig para realizar a cotação, simulação e a contratação.
A Cemig oferece contratos de 2, 3 e 5 anos de duração. Para cada opção de período, há um desconto diferenciado, que pode ser simulado no próprio site. Vale lembrar que, para que a migração seja feita, é necessário que o cliente comunique à distribuidora com quem tem contrato no Mercado Cativo, que, por sua vez, tem um prazo de seis meses para finalizar o processo.
Conheça as empresas que já aderiram ao modelo
De acordo com informações divulgadas pela Aneel, quase 20 mil empresas já informaram às suas atuais distribuidoras que vão migrar para o Mercado Livre de Energia. Essa informação é comprovada pelo Anuário Estatístico de Energia Elétrica de 2023 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que mostra também uma evolução do número de consumidores livres de 2013 a 2022 em classes de maior contribuição, ou seja, a migração de consumidores está em ascensão há quase uma década.
Empresas de diversos segmentos podem optar pelo Mercado Livre de Energia, como condomínios, supermercados, shoppings, postos de combustível, indústrias e agronegócios, entre outros. Com a Cemig, várias grandes empresas adeptas ao modelo já estão obtendo bons resultados, como Usiminas, Itambé, Carrefour, Cinemark, ArcelorMittal, FIEMG, Agrimig, ABC Atacado e Varejo, Arena MRV, Farmax, Plasdil, Assaí Atacadista e Forno de Minas.
Como sua empresa pode aderir?
Para que as empresas possam aproveitar todos os benefícios proporcionados pelo Mercado Livre de Energia, é fundamental que a transição seja realizada de maneira estruturada. Isso porque as etapas são divididas entre tarefas executadas pela distribuidora e pelo cliente, envolvendo outros órgãos e podendo durar até seis meses.
Conheça as etapas necessárias para realizar a migração:
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o cliente deve deixar o contrato atual, notificando oficialmente a distribuidora da intenção de rescisão do Contrato de Compra de Energia Regulada (CCER);
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o representante legal receberá um e-mail com as minutas do Termo Aditivo e do Termo de Resilição. É necessário aceitar e assinar esses termos;
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são realizados procedimentos técnicos de modelagem junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE);
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há o cadastramento do representante legal de sua empresa no Portal da CCEE;
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o registro de contrato é enviado para aceite da CCEE.
Vale lembrar que a empresa deve escolher a melhor companhia de energia com total atenção, levando em consideração experiência, tempo de atuação, usinas próprias e a capacidade de atendimento.
Caso tenha interesse em saber mais sobre a Energia Livre Cemig, é só acessar o site Energia Livre Cemig e fazer uma simulação do desconto na energia.