De pé, contra parede de cor neutra, Itamar Vieira Junior encara a câmera
 -  (crédito: Renato Parada/Divulgação)

Escritor Itamar Vieira Junior

crédito: Renato Parada/Divulgação

 

O escritor baiano Itamar Vieira Junior, autor do best seller “Torto arado” (mais de 800 mil exemplares vendidos apenas no Brasil) e do mais recente “Salvar o fogo”, esteve em Belo Horizonte na última terça-feira (9/4) como convidado da edição especial do projeto Letra em Cena, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas.

 

Edição especial do projeto Letra em Cena

Edição especial do projeto Letra em Cena

Marcos Vieira /EM/DA. Press

 


O encontro foi conduzido pelo curador do projeto, o jornalista e editor José Eduardo Gonçalves (autor do livro “Pistas falsas”) e teve a participação da doutora em literatura em língua portuguesa e atriz Soraya Martins. Ela fez uma leitura artística de trechos da obra do romancista. Confira trechos das falas de Itamar no Letra em Cena:

 

“O que mudou do Itamar de cinco anos atrás para o Itamar de agora é que meus horizontes se alargaram, tive oportunidade de encontrar leitores, viajar pelo Brasil e por outros países. Eu lembro que há alguns anos eu tinha muito pouco contato com pessoas da literatura e que levavam a sério o gosto pela leitura, e hoje me sinto em casa em todo lugar que vou para falar de livros.”

 

“Nós costumamos reverenciar muito o escritor, claro! Os autores deram histórias fabulosas pra gente sonhar e ler. Porém não existem escritores se não existissem leitores. Quem dá vida ao livro e às histórias são os leitores e eu sinto que compartilho com cada um deles uma certa intimidade, sabe?”

 

“A literatura tem essa essa capacidade de nos restituir à alteridade, né? Uma coisa que eu encontrei no Malcom Ferdinand, pensador caribenho que pensa a colonização, é que os pilares da colonização, foram a morte e a alteridade. A colonização nos tirou a capacidade de conviver com o diferente e com o outro, e a literatura vai no caminho contrário, ela nos restitui a alteridade, a gente está na vida do outro e vive a vida do outro.”

 

“O título ‘Torto arado’ saiu da leitura de Marília de Dirceu, do Tomás António Gonzaga.
Um trecho do livro me chamou muito a atenção e foi de onde veio.”

 

“A devorante mão da negra Morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
Até na triste campa não podemos
Zombar do braço da inconstante sorte.
Qual fica no sepulcro,
Que seus avós ergueram, descansado;
Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos
Ferro do torto arado.”


O vento que sopra o novo livro de Marcela Dantés

 

Entrou em pré-venda o primeiro romance da mineira Marcela Dantés pela Companhia das Letras. “Vento vazio” chega às livrarias em 19 de junho e já pode ser adquirido no site da editora. A belíssima capa é assinada por Alceu Chiesorin Nunes, com arte de Sabatina Leccia. A sinopse revela que há quatro vozes narrativas conferidas aos moradores de uma certa Quina da Capivara, “terra desolada” onde as pessoas sabem que não se deve sair de casa porque “ninguém está imune ao vento Vazio, penetrante e enlouquecedor”.


“Marcela Dantés é uma escritora que não foge da luta de criar personagens complexos. Sustenta a palavra, conta um enredo e soma sua voz às vozes dos melhores contadores de histórias da tradição brasileira”, escreve Socorro Acioli na apresentação.


Revolucionárias

 

Na próxima terça-feira, 16 de abril, o projeto Sempre um papo receberá a jornalista, socióloga e pesquisadora Isabelle Anchieta, que vai lançar o livro “Revolucionárias: Joana d’Arc e Maria Quitéria” (Editora Planeta), livro que discute a presença feminina diante das revoluções. Em destaque, as trajetórias de Joana d’Arc e Maria Quitéria. O encontro, conduzido pela jornalista Leila Ferreira, será no Auditório da Cemig (Av. Barbacena, 1200 – Santo Agostinho) com entrada gratuita.