Um dos podcasts narrativos de maior êxito do país, a Rádio Novelo fechou parceria com a Editora Mapa Lab e a Janela Livraria para o lançamento de uma série de publicações com algumas das histórias marcantes produzidas e veiculadas na plataforma.
A coleção “Plaquetes Rádio Novelo Apresenta” reúne os roteiros de doze histórias originais do programa lançado em novembro de 2022. “O Rádio Novelo Apresenta nasceu da vontade de contar histórias de todo tipo, sobre todos os assuntos imagináveis e inimagináveis, seguindo nossa curiosidade e trazendo os ouvintes a tiracolo”, conta a presidente da Novelo e apresentadora do projeto, Branca Vianna.
“Desde o começo, a ideia era dar espaço para uma diversidade de vozes, estilos, e assuntos, e acho que isso está bem representado nessa amostra das plaquetes.” A editora da Mapa Lab, Camila Perlingeiro, acrescenta: “As plaquetes são pequenas brochuras em formato impresso e são uma forma democrática de fazer circular ideias. A temporada um, que lançamos na Flip 2023, foi um imenso sucesso. Agora, apresentamos uma coleção especial com a Rádio Novelo, publicando os episódios preferidos dos ouvintes do podcast”. Cada plaquete custa R$ 25 e pode ser encomendada no site mapalab.com.br.
“Escrever para o ouvido é diferente de escrever para ser lido”
Diretora de pesquisa da Rádio Novelo e autora de reportagens de áudio convertidas em papel como “Os sapos”, Flora Thomson-DeVeaux deu o seguinte depoimento ao Pensar sobre as “Plaquetes Literárias”:
“Nas reportagens que produzimos para o Rádio Novelo Apresenta, e para os nossos outros podcasts, passamos por um longo processo de edição que procura trazer para o texto a vitalidade da língua falada. Isso significa não só simplificar e coloquializar a linguagem, como também ficar atento ao estilo, a cadência, a tudo aquilo que faz de cada pessoa uma voz única.
Nas plaquetes, reproduzimos os roteiros que saem no final desse processo de edição, em que intercalamos trechos de entrevistas e outras gravações com a locução do repórter. A ideia é que, na escuta, você perceba o menos possível que cada palavra desse texto foi muito trabalhada, e que o narrador, ou a narradora, está lendo em voz alta.
Escrever para o ouvido é fundamentalmente diferente do que escrever para ser lido. Na escuta, a gente não tem a possibilidade de voltar e reler uma frase se ela não fez sentido na primeira vez. Você também tem que pensar em como cada frase vai se desdobrar no tempo, até no fôlego de quem vai narrar. É um estilo enxuto, leve, que permite um pouco mais de repetição e ênfase do que um texto ‘comum’.
A Paula Scarpin, diretora de criação da Rádio Novelo, brinca que essas plaquetes representam ‘o advento do podcast impresso’. Tomara que essa tecnologia seja uma novidade bem-vinda na cena textual.”
O sentido do trem
O professor e psicanalista Angelo Campos lança “Disquisição sobre o sentido do trem” neste sábado (22/06), às 20h, no Teatro José Aparecido de Oliveira, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21). “Em uma horinha de descuido – de propósito – vi um trem passar na nuvem dos pensamentos e passei ao diálogo do filosofês com o mineirês.
Compreendi como desde sempre o trem atravessa todas as coisas, tempos e lugares, clareando densidades. O texto não é meu, é do trem mesmo, só emprestei minha mão”, afirma o autor. O livro da editora Atafona, com ilustrações de Juçara Costa e Miguel Gontijo, será vendido por R$ 50.
Quinalha na Jenipapo
O escritor, pesquisador e professor de Direito Renan Quinalha participa da próxima edição do projeto República Jenipapo, de debates em praça pública, na Savassi. Ele discutirá seu livro “Movimento LGBTI+: Uma breve história do século XIX aos nossos dias” (Autêntica), lançado em 2022, com apresentação da professora Heloisa Starling e Francis Duarte, do projeto República, da UFMG.
O evento ocorrerá na próxima terça (25/06), às 19h, na Livraria Jenipapo (R. Fernandes Tourinho, 241). A entrada é gratuita. Professor de Direito na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Quinalha abordará a trajetória do movimento LGBTI+ e sua luta por direitos e equidade, oferecendo uma análise histórica relevante para os tempos atuais.
Como é ser jornalista
“O barbudo que chora”, “Velhinha é...”, “Duas decisões essenciais”, “Carteirinha famosa” e “A arte de fazer perguntas” estão entre os 40 relatos reunidos pelo jornalista e professor João Carlos Firpe Penna no livro “Como é ser jornalista (e ser feliz na profissão)”.
Publicação da editora Fino Traço, a obra sobre a experiência de mais de 30 anos do autor nas áreas de jornalismo e economia será lançada no próximo dia 27, das 19h às 23h, no Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (Avenida Álvares Cabral, 400, em BH).
“Essas histórias cotidianas têm, de maneira despretensiosa, porém determinada, o intuito de contribuir para a reflexão sobre as relações entre o jornalismo e a vida na sociedade contemporânea – passando pelas inexoráveis relações entre a mídia, o poder e o dia a dia de todos nós”, diz João Carlos.