“Eu tenho esperança. Acredito que uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”. Este cativante e utópico ideal é mesmo de encher de esperança a quem anda cansado e frustrado diante das injustiças e de todas as formas de violência mundo afora”.
Vem da paquistanesa muçulmana Malala Yousafzai, hoje com 27 anos, que ainda adolescente desafiou o grupo fundamentalista islâmico Talibã, que surgiu no Afeganistão em 1994 e atualmente, depois de muitos revezes, domina o país novamente, proíbe as mulheres de estudar e trabalhar, as obriga a usar a burca e pune com execuções, amputações e açoitamentos públicos.
Malala ousou desafiar esse extremismo, tornou-se conhecida internacionalmente por defender o direito das mulheres ao estudo no Vale de Swat, região dominada pelo Talibã. Sua coragem quase custou sua vida. Em 2012, sobreviveu a um atentado ao ser baleado a mando do grupo extremista.
No ano seguinte, lançou o livro “Eu sou Malala”, escrito em conjunto com a jornalista britânica Christina Lamb, no qual conta a sua dramática história. Em 2014, recebeu o Nobel da Paz por sua corajosa luta contra o extremismo, a ignorância e a estupidez.
Agora, a trajetória de Malala, que vive na Inglaterra, acaba de ser lançada para crianças em “Meu nome é Malala”, edição cartonada com ilustrações da diretora de arte paquistanesa Mariam Quraishi, com mensagens de esperança, como as expressões: “Eu sou leitora. Os livros me ajudam a ver o mundo pelos olhos dos outros”.
E ainda “Eu sou escritora”. Quero ajudar os outros a ver o mundo pelos meus olhos”, “Eu sou ativista. Acredito que toda menina deve poder ir para a escola”, “Eu não estou sozinha. Incentivo as meninas a falarem por si mesmas”.
'Meu nome é Malala'
Malala Yousafzai e Mariam Quraishi (ilustrações)
Tradução: Lígia Azevedo
Companhia das Letrinhas
30 páginas
R$ 54,90