Caiado afirmou que desembargador atentou contra o Estado Democrático de Direito -  (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

Caiado afirmou que desembargador atentou contra o Estado Democrático de Direito

crédito: Roque de Sá/Agência Senado

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), pediu o impeachment do desembargador Adriano Roberto Linhares, que, durante uma sessão do Tribunal de Justiça (TJGO), defendeu o fim da Polícia Militar. O magistrado afirmou nessa quarta-feira (1/11) que as forças de segurança cometem “abusos e excessos recorrentes”.

Caiado se indignou com a fala do desembargador e disse que deveria ser avaliada pelo conselho de ética do TJ. “Você não tem qualidades mínimas para responder com o título de desembargador. Você não está vestido com a liturgia do cargo. Você é um cidadão desrespeitoso, agressivo e inconsequente”, disse o governador em vídeo divulgado nesta quinta-feira (2/11).

Em viagem à China, Caiado ainda disse que o desembargador cometeu um “crime” contra a PM. “Neste momento em que você pede a extinção de nossa Polícia Militar do Estado de Goiás, você está atentando contra o Estado Democrático de Direito ou está cooptado por outras forças do crime. Sei que o Tribunal de Justiça não tem nenhuma conivência com sua fala”, frisou.

Ainda durante a sessão do TJGO, o desembargador afirmou que era preciso instituir uma forma “diferente de atuação” na área da investigação e repressão ao crime. Ao jornal “O Popular”, Adriano Roberto pontuou que a fala sobre a PM estava inserida no contexto da sessão.

"Não tive nenhuma intenção de atingir a quem quer que seja. Apenas estava ponderando sobre episódios que me inquietavam, apenas isso. Sem nenhuma intenção de ferir ou atingir quem quer que seja, ainda mais a quem não conheço. Lamento o mal-estar que causou e espero que possa ser superado o mais rápido possível”, disse.