Marcelo Aro -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 4/8/22)

Marcelo Aro

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 4/8/22

O secretário da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), afirmou que o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (sem partido) gosta de "fazer palco" em cima dele. A declaração foi feita após o vereador denunciar um suposto esquema de corrupção comandado pelo secretário, no qual Gabriel alega que Aro tentou impedir a aprovação da lei do subsídio para o transporte público.

Em uma nota enviada ao Estado de Minas, o secretário da Casa Civil expressou tristeza ao ver Belo Horizonte associada a uma realidade que não corresponde à do governo estadual. Ele disse: "Estou na China, trabalhando em prol de Minas Gerais. Tanto o legislativo quanto o executivo a nível estadual têm se esforçado muito para promover o desenvolvimento do Estado, buscando investimentos e avanços sociais. É lamentável ver que em BH a realidade não seja a mesma. O poder legislativo, que tem tanto a contribuir, está se restringindo, através de seu presidente. Em vez de se dedicar à resolução dos problemas das pessoas, como estamos fazendo no estado, o presidente parece estar transformando a Câmara em um campo de batalha centrado exclusivamente nele mesmo, pensando apenas na próxima eleição".

Gabriel afirmou, durante depoimentos de testemunhas no processo de sua possível cassação, que o suposto esquema liderado por Aro foi elaborado em colaboração com empresários do setor. "Pouco antes da votação em segundo turno ser concluída, o secretário da Casa Civil, Marcelo Aro, e o vice-presidente desta Câmara, Juliano Lopes, exigiram que este projeto - o subsídio para as empresas de ônibus - não fosse incluído na pauta. Estou mencionando isso pela primeira vez aqui. Eles me pressionaram para que esse projeto não fosse votado porque estavam em negociação com o senhor Rubens Lessa para obter dinheiro em espécie. Se não conseguissem esse dinheiro em espécie, não queriam votar o projeto em segundo turno. Foi um momento de grande tensão entre mim, o secretário da Casa Civil e o primeiro vice-presidente desta Casa, Juliano Lopes, que inclusive usava o termo 'panetone' para se referir a essa propina que eles esperavam obter dos empresários de ônibus", relatou Gabriel.

Ainda em sua nota, Aro alegou que não responderá às acusações de Gabriel, pois é exatamente isso que ele deseja: "Fazer palco".

"Todos conseguem perceber sua ânsia por criar uma narrativa de vítima, o que ele definitivamente não é. Se eu pudesse dar um conselho a ele, seria que procurasse alguém do seu tamanho para enfrentar, porque tenho coisas mais importantes para fazer e vamos resolver isso na justiça, não na imprensa. Lamento que ele tente me medir pela sua própria régua. Em breve, aqueles que ainda não perceberam, verão de maneira clara quem ele é", concluiu.