Gabriel Azevedo e Marcelo Aro -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press e Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

Gabriel Azevedo e Marcelo Aro

crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press e Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido), voltou a criticar nesta quarta-feira (8/11) o secretário da Casa Civil de Minas Gerais, Marcelo Aro (PP), durante oitiva da Comissão Processante que analisa o processo de cassação aberto contra o parlamentar.

“O setor de transporte desta cidade foi vítima da tentativa de Marcelo Aro de utilizar um processo que vinha tramitando na Câmara para obter vantagens para si, o que não se concretizou porque esta Câmara tem um presidente independente”, afirmou o vereador.

Na última segunda (6/11), Azevedo denunciou um suposto esquema de corrupção comandado por Aro durante a aprovação da lei de subsídio para o transporte público, ocorrida no primeiro semestre de 2023. Em resposta, o secretário protocolou nessa terça-feira (7/11) uma queixa-crime por calúnia, difamação e injúria contra o vereador.

“Tais alegações não são acompanhadas de qualquer prova que as sustente. São meras invenções do querelado que busca quaisquer meios para divergir a atenção de seu processo de cassação oriundo de diversas denúncias, inclusive a de imputar, indevidamente, crime a ex-Secretário Municipal durante a CPI da Pampulha”, escreveu Aro no documento, ao qual o Estado de Minas teve acesso.

O atual embate entre ambos vem desde o primeiro semestre, quando o prefeito Fuad Noman (PSD) se aproximou de Aro em meio a uma série de atritos com Azevedo. O chefe do Executivo chegou a trocar quatro secretários municipais em um acordo com o chefe da Casa Civil do governador Romeu Zema (Novo).

“O Aro chegou tarde porque eu prestei antes uma queixa contra ele próprio, com uma série de coisas que serão trazidas no devido momento, em juízo. Sobre a dele, eu ainda não fui notificado, então não sei do que se trata”, declarou Azevedo durante uma coletiva com a imprensa, depois da oitiva.