Os atos desta quarta-feira (15) foram afetados também pela onda de calor. -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A press)

Os atos desta quarta-feira (15) foram afetados também pela onda de calor.

crédito: Leandro Couri/EM/D.A press

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas em manifestações neste feriado da Proclamação da República num momento em que a direita ainda reflete perda de fôlego nas mobilizações. Os atos desta quarta-feira (15) foram afetados também pela onda de calor.

 

Na avenida Paulista, manifestantes se concentraram em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Um dos organizadores, o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos), líder do movimento Nas Ruas, disse que o medo tem inibido parte da militância.

 

 

Punições aos participantes dos ataques do 8 de janeiro e decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) são apontadas como causas do temor de voltar às ruas. Há um ano, os protestos da data tiveram adesão superior, impulsionados pela contestação do resultado das urnas incitada por Bolsonaro.

 

Com a indumentária típica dos protestos bolsonaristas --verde e amarelo, bandeiras do Brasil e gritos de guerra contra a esquerda--, a manifestação na capital paulista pediu impeachment de Lula (PT), atacou o STF, clamou pela volta da Operação Lava Jato e apoiou Israel, entre outras pautas.

 

O ato, convocado por nove movimentos conservadores (dos quais o Nas Ruas é o mais conhecido), tinha como mote oficial a defesa dos direitos constitucionais nos 134 anos de Proclamação da República.

 

Nos cartazes e falas no caminhão de som, eram muitos os apelos por liberdade, ecoando a retórica de Bolsonaro e a visão de que Poderes têm atuado contra a direita e os direitos individuais.

 

Termômetros ao longo da avenida marcavam 38°C no início da tarde, o que fez com que uma fatia dos participantes buscasse abrigo nas poucas áreas de sombra. No microfone, organizadores reconheciam o esforço dos que permaneciam sob o sol e recomendavam cuidados com a saúde.

 

As convocações anunciavam a concentração para as 12h e o começo do ato às 14h. Quando deu o horário do início, o número de participantes ainda era insuficiente para o fechamento de uma das pistas da avenida. Os manifestantes dividiram o espaço com os carros, e só depois o trânsito foi bloqueado.