O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (16/11) que o estado de Minas Gerais terá dívida zero em dez anos. A declaração foi feita depois de uma reunião com parlamentares mineiros e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), para debater a dívida do estado e o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), defendido pelo governador Romeu Zema (Novo).
"Embora se apele para um Regime de Recuperação Fiscal, o que a gente identifica é um profundo sacrifício ao servidor público de Minas Gerais. Além disso, há a venda de ativos do estado e o pior: todos esses sacrifícios para chegar ao fim deste plano com uma dívida superior a R$ 210 bilhões", explicou o senador durante coletiva de imprensa.
O parlamentar estava ao lado do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado Tadeu Martins Leite (MDB), e de outros líderes de partidos e blocos. Segundo Pacheco, existem alternativas para o RFF, tais como a rediscussão do valor da dívida e o uso de ativos empresariais, incluindo a Codemig e o nióbio.
"É a mais grave situação fiscal da história de Minas Gerais. São cerca de R$ 160 bilhões de uma dívida acumulada ao longo dos anos. Eu não quero aqui destacar as causas disto ou tão pouco apontar culpados por esta evolução da dívida, mas fato é que nos últimos cinco anos nada dela foi pago, em termos de valor, de modo que estamos em uma situação que a política precisa se unir em torno da solução do problema”, ponderou.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também criticou o governo Zema. De acordo com ele, boa parte da dívida foi contraída pelo atual governo, que se iniciou em 2019. "Esta dívida era de R$ 110 bilhões e o governo que o antecedeu pagou esta dívida de forma regular", afirmou.