O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que vai discutir a retomada do horário de verão pensando também nos benefícios que o relógio adiantado pode trazer para a economia. Em entrevista ao programa “Em Ponto” da GloboNews, nesta sexta-feira (17/11), ele pontuou que entidades patronais já apresentaram dados sobre o impulso econômico durante a estação.
"Eu vejo a discussão sem nenhum tabu. Eu defendo isso no governo, o horário de verão deve ser desatrelado da questão exclusivamente energética. Tenho me reunido com várias áreas da economia. Nesta semana me reuni com a Abrasel [Associação Brasileira de Bares e Restaurantes], que demonstra dados que, no período do horário de verão, época de efetivo calor na maior parte do Brasil, há impulso econômico a alguns setores", disse.
A primeira vez que o horário de verão foi usado no Brasil foi em 1931, quando o então presidente Getúlio Vargas decretou a mudança nos relógios, como maneira de economizar em tempos de recessão global. Em 1967, o governo militar deixou de adotar a medida que foi retomada apenas em 1980, por problemas na produção de energia.
O modelo então durou por três décadas até que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou com o horário de verão ainda no primeiro ano de mandato, em 2019. A retomada do horário foi avaliada pelo então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando no final de 2022 fez uma enquete nas redes sociais perguntando a opinião da população.
"Tenho feito reiteradas reuniões a fim de que, mesmo não tendo necessidade energética, se avalie a possibilidade de estimular a economia, avaliando a possibilidade do horário de verão", disse o ministro Alexandre Silveira.