O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, determinou, nesta terça-feira (21/11), a abertura de uma investigação para apurar possíveis violações de direitos humanos no caso da morte de Cleriston Pereira da Cunha, 46 anos, que morreu nesta segunda-feira (21/11) de mal súbito, durante banho de sol no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2, no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele era um dos presos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
“Conforme divulgado na imprensa, o fato suscita questionamentos sobre possíveis irregularidades e violações aos direitos humanos das pessoas detidas”, afirmou Simonetti no ofício enviado à Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB. “Dessa forma, é de suma importância que sejam realizadas diligências e investigações para esclarecer os fatos e garantir a transparência e a justiça”, completou.
De acordo com o ofício da Vara de Execuções Penais (VEP), o bolsonarista teve “um mal súbito durante o banho de sol” na manhã desta segunda. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram ao local, mas não conseguiram reanimá-lo.
Nessa segunda, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) envie "informações fornecidas" sobre Cleriston Pereira da Cunha. O bolsonarista foi preso dentro do Senado durante os ataques golpistas e tornou-se réu após a Procuradoria-Geral da República(PGR) o denunciar por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.