O ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou, neste sábado (25), durante evento do PL Mulher, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que a eleição de 2022 "não foi decidida pelo povo". Ele alegou, sem apresentar evidências, que foi a escolha da maioria dos eleitores que foram às urnas em outubro para escolher o novo presidente. No pleito, Luiz Inácio Lula da Silva foi vitorioso, com 60 milhões de votos.
"Ninguém entende o que aconteceu em outubro do ano passado. Se eu sou o ex mais querido do Brasil, não sou ex por causa do povo, A grande maioria do povo está conosco. Isso que aconteceu, dispenso palavras, vocês bem sabem quem interferiu e decidiu nas eleições", disse o ex-presidente.
No discurso, ao lado de Michelle Bolsonaro e de outros integrantes do PL, Bolsonaro continuou questionando o sistema eletrônico de votação. No entanto, afirmou que a eleição é página virada. "Repito. Quem decidiu não foi o povo. O povo não foi respeitado. Mas vamos considerar o ano passado uma página virada", completou.
Por conta das acusações sem provas de fraudes nas eleições, Bolsonaro ficou inelegível, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, tomada em junho deste ano pelo plenário da corte.
No discurso deste sábado, o ex-presidente também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF). A corte foi um dos principais alvos durante a gestão dele no comando do Poder Executivo. "Os fatos desta semana, ocorridos entre dois poderes em Brasília, bem demonstram o quão podre é este sistema, por quanto tempo esse sistema dominou o nosso Brasil", disse.
Sem citar nomes, ele afirmou ser vítima de ataques. "Eu quero dizer a vocês que pesem as feridas, os ataques, às perseguições, aquilo que realmente nós não merecemos, mas isso tudo serve de vacina para nós garantirmos o futuro dessa garotada".