O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, se reuniu, nesta segunda-feira (27/11), com 27 Convenções das Igrejas Evangélicas do Estado do Rio de Janeiro. Durante o encontro, as igrejas aderiram ao Plano Brasil Sem Fome e assinaram o pacto pela redução da pobreza, voltado para a promoção de ações conjuntas entre o governo e a sociedade civil para combater a desigualdade social.
A ideia é usar a capilaridade das igrejas para alcançar pessoas em situação de vulnerabilidade e encaminhá-las para programas sociais, como uma “porta de entrada” para ações como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. O público-alvo deverá estar incluso no Cadastro Único (CadÚnico).
"Reconhecemos o trabalho importante que têm as igrejas, nas várias denominações. Elas têm uma presença exatamente onde estão parcelas significativas das pessoas mais vulneráveis. Lidam, no seu dia a dia, com pessoas desempregadas, pessoas que passam fome, que querem uma oportunidade, são idosos abandonados, populações de ruas, crianças também abandonadas. (...) O governo tem programas, e a gente quer estreitar condições de que esses programas também possam acontecer junto com entidades ligadas ao povo evangélico”, pontuou Dias.
Segundo o ministro, o acordo prevê que igrejas capacitem membros da comunidade para que eles possam ser uma espécie de orientadores para pessoas que enfrentem dificuldades socioeconômicas possam ser encaminhadas, por exemplo, para Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
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O termo também permite que igrejas integrem a rede do Programa Nacional de Cozinhas Solidárias, que adquire alimentos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O PAA, por sua vez, compra a produção de famílias rurais mais pobres da região. Esta é uma estratégia para fornecer refeições populares, bem como para fomentar a economia local. “Nós estamos preparando para ter segurança alimentar do Brasil”, garantiu o ministro.
Wellington Dias ressaltou, ainda, que, com o acordo junto aos evangélicos, excluídos digitais terão acesso à internet para auxiliar em cadastros governamentais e prometeu a oferta de cursos de qualificação profissional, citando como exemplo o setor de tecnologia. “Só aqui no Rio de Janeiro, são estimadas 20 mil vagas. Então, a gente precisa dar qualificação para uma área como essa”.
Orçamento
O ministro não precisou o recurso total que será repassado às “entidades que trabalham como social”. “É um valor disponível para cada programa”, disse Dias. Porém, revelou que está em articulação junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a criação de um fundo garantidor de crédito para facilitar o acesso de pequenos empreendedores a empréstimos bancários, nos moldes do que já existe para produtores rurais.
O objetivo seria o governo atuar como avalista para o empreendedor que quer abrir pequenos negócios. “Tendo o fundo garantidor, quem garante é o próprio governo. É isso que queremos fazer”.