O senador Sergio Moro (União-PR) criticou a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do ministro da Justiça, Flávio Dino, à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas redes sociais, na manhã desta terça-feira (28/11), Moro criticou a falta de diversidade de gênero, prometida por Lula durante a sua campanha eleitoral, e disse que a indicação de Dino está relacionada a uma razão política.
"No final, toda a conversa do Lula sobre diversidade era só conversa. Sequer foi cogitada uma mulher na lista dos favoritos. Prevaleceram as razões políticas", criticou o senador Sergio Moro. Dino foi escolhido para ocupar a vaga da ex-ministra Rosa Weber, que aposentou em outubro.
A nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano.
— Sergio Moro (@SF_Moro) June 1, 2023
Quando o presidente Lula indicou o ministro Cristiano Zanin, o senador também criticou a indicação. À época, Moro disse que "a nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano". Zanin atuou na defesa de Lula no processo da Lava-Jato.
Sabatina de Dino
Flávio Dino será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 13 de dezembro. Dino precisa ser aprovado em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado - composta por 27 parlamentares -, onde responderá uma série de perguntas. Sergio Moro é um dos membros do colegiado.
Depois, deve ser aprovado no plenário do Senado por, no mínimo, 41 dos 81 senadores - maioria simples da Casa Legislativa.
No mesmo dia também deve ser sabatinado o subprocurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, indicado pelo presidente Lula para ocupar o cargo de procurador-geral da República (PGR).