O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta terça-feira (14) Israel por seus ataques à Faixa de Gaza e disse ter a percepção de que o país usa os bombardeios para expulsar os palestinos e, assim, ocupar o território.
"É preciso que a ONU convoque alguma coisa especial, porque essa guerra do jeito que vai ela não tem fim. Estou percebendo que Israel parece que quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá. Isso não é correto, não é justo. Nós temos que garantir a criação do estado Palestino para que eles possam viver em paz junto com o povo judeu", afirmou o presidente.
Lula ainda disse ser "inadmissível" que não haja solução para o conflito no Oriente Médio. Também voltou a pedir a reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). "A ONU de 1945 não vale mais nada em 2023", afirmou.
O presidente voltou a criticar as ações de Israel na Faixa de Gaza, repetindo que considera "terrorismo" as ações que vitimam mulheres e crianças.
"É por isso que eu disse ontem [segunda-feira] que a atitude de Israel com relação às crianças e com relação às mulheres é igual ao terrorismo. Não tem como dizer outra coisa. Se eu sei que está cheio de criança naquele lugar, pode ter um monstro lá dentro que eu não posso matar as crianças porque eu quero matar os monstros. Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças. É simples assim", afirmou.
Lula realizou a sua tradicional transmissão semanal na internet, o Conversa com o Presidente.
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Na noite de segunda-feira (13), o mandatário foi à base aérea para receber o grupo de 32 brasileiros que foi repatriado da Faixa de Gaza, região que é alvo de intenso bombardeio por parte de Israel.
A saída aconteceu após grande apreensão e negociação do governo brasileiro com as chancelarias de Israel e do Egito. O grupo atravessou a fronteira de Rafah no domingo (12) e depois foi levado para o Cairo, onde embarcou na aeronave presidencial.
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Lula acrescentou durante a sua live que é sua responsabilidade continuar procurando brasileiros ou familiares de brasileiros que queiram deixar a zona de conflito, no Oriente Médio.