Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reúnem na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (15/11), feriado da Proclamação da República, para protestar contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No local, os bolsonaristas protestam seu descontentamento com a gestão do petista, pedindo o impeachment do chefe do Executivo.

Os manifestantes chegaram à Praça após seguirem em motociata e carreata desde o Mineirão, na Região da Pampulha. Ao chegarem no local, os manifestantes realizaram um “buzinaço” contra o presidente Lula. Faixas e adesivos com os dizeres “Fora Lula” foram exibidos pelos bolsonaristas. Adesivos com mensagens “Fora Lula” também foram distribuídos pelos opositores. O ato reuniu públicos de todas as idades e regiões, inclusive crianças e idosos.



“Eles acharam que a direita ia morrer, mas eles estão errados. Nós estamos mais vivos do que nunca. Nós não aceitamos e não reconhecemos o governo desse descondenado, desse bandido, que tinha que estar pagando a sua pena, porque ele roubou o povo brasileiro, enganou essa nação. Lula ladrão seu lugar é na prisão”, disse um dos manifestantes em cima da carreata. “Enquanto Deus nos dar o fôlego de vida nós iremos dizer pro Brasil que o Lula é um bandido e nós não iremos parar. A direita vive. Estamos mais vivos do que nunca”, completou.

De Lafaiete à BH

Vindo de uma caravana do Conselheiro Lafaiete, Carlos Alberto, de 56 anos, disse que não é a primeira vez que ele participa de um movimento ‘Fora Lula’. Para ele, as manifestações são importantes para demonstrar o descontentamento de uma parcela da população com a atual gestão. De acordo com Carlos, ele veio à capital mineira para representar a sua cidade, Conselheiro Lafaiete.

“Nós precisamos ter garra para brigar com essa pouca vergonha que está acontecendo no Brasil. Nós estamos observando o que eles querem fazer com as nossas crianças, com essas doutrinas, ideologia de gênero. Mas nós ainda vamos voltar com Bolsonaro, acabar com esse ladrão e tirar esse bandido de lá”, declarou.

Já o manifestante Giordani, de 59 anos, disse que o movimento também é importante para manifestar a insatisfação com o Supremo Tribunal Federal (STF). “É para dar um basta no STF e mostrar pros senadores para eles colocarem a mão na massa. Não deixe o STF mandar no país”, disse.

Os manifestantes seguravam uma bandeira escrita, em inglês, "We don't want communism in Brasil", em tradução literal, "Nós não queremos o comunismo no Brasil".

Os manifestantes seguravam uma bandeira escrito, em inglês, "We don't want communism in Brasil", em tradução literal, "Nós não queremos o comunismo no Brasil".

Leandro Couri/EM/D.A Press

Protestos contra Dino

No local, manifestantes também manifestam sua oposição ao Ministro da Justiça, Flávio Dino, pedindo o seu afastamento imediato. A insatisfação dos manifestantes decorre de duas reuniões de Luciane Barbosa Farias, esposa de um líder do Comando Vermelho no Amazonas, e secretários da pasta, ocorridas entre março e maio. “Nós não podemos aceitar que o Ministro da Justiça receba mulher de líder de facção. Fora Dino”, vibraram os manifestantes.

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Motociata e carreata

Os apoiadores passaram pelos principais pontos da capital mineira, as avenidas Coronel Oscar Paschoal, Carlos Luz, Antônio Carlos, Nossa Senhora de Fátima e Olegário Maciel, até a Praça da Liberdade. No Mineirão, os motoqueiros se concentraram das 8h às 9h, e os manifestantes chegaram na Praça por volta das 10h.

No ponto de encontro, os bolsonaristas gritam em coro “Fora Lula, ladrão. Fora Lula, bandido”. Os manifestantes também vestem camisas verdes e amarelas, as quais tornaram-se largamente associadas à imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, vestimentas com os dizeres “Fora Lula. Impeachment já”, “Deus, pátria, família e liberdade”, “Eu quero meu voto impresso”, “Meu partido é o Brasil”.

Ao redor da Praça da Liberdade, vendedores comercializavam bandeiras do Brasil e outros souvenires, como camisetas com a bandeiras de Israel, camisetas com a imagem de Jair Bolsonaro escrito “que saudades do meu ex” e faixas escritas “aborto não”. A estimativa é de que 5 mil manifestantes passem pela região.

Vendedores comercializavam bandeiras do Brasil e outros souvenires, como camisetas com a bandeiras de Israel, camisetas com a imagem de Jair Bolsonaro escrito "que saudades do meu ex" e faixas escritas "aborto não"

Leandro Couri/EM/D.A Press

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