O discurso do deputado Nikolas Ferreira (PL), ocorrido no sábado (19/11), tem gerado repercussão. Durante a Cúpula Transatlântica em Nova York, em uma sala alugada nas dependências das Organizações das Nações Unidas (ONU),  o parlamentar, representando uma liderança jovem, abordou temas conservadores, criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Supremo Tribunal Federal (STF), professores, defendendo uma posição contrária ao aborto e fazendo declarações contra transexuais.

O encontro foi organizado por movimentos conservadores em um plenário alugado dentro das Nações Unidas com a proposta de afirmar os "Direitos Humanos Universais – Unir as Culturas pela Vida, pela Família e pela Liberdade". O parlamentar e seus apoiadores divulgaram a fala como um discurso na ONU, mas Nikolas não foi convidado pelo órgão para discursar. O convite o evento exclusivo para representantes da extrema direita partiu do governo da Guatemala.

Em seu discurso, em inglês, Nikolas fez críticas contundentes ao presidente do país, chamando-o de "ladrão que deveria estar na prisão". Também mencionou o STF, referindo-se a "novos juízes que irão honrar a justiça", contrastando com o que descreveu como traição à confiança do povo brasileiro por parte de alguns membros da Suprema Corte brasileira.



Ao discutir o aborto, o deputado utilizou um boneco de plástico com formato de feto para criticar a defesa da regulamentação. Ele destacou: “Este é um bebê de doze semanas (mostrando o boneco de feto). Seu coração já está batendo; tem uma impressão digital. Não há nenhum outro ser humano no mundo igual a esse bebê. Quando encontram uma bactéria em Marte, eles chamam de vida. Mas isso (feto) eles chamam de grupo de células”.

Seguindo sua linha ideológica, Nikolas também expressou críticas a transexuais, mencionando a questão da identidade de gênero e a competição esportiva. Ele questionou a situação atual, comparando-a com o passado em que homens mentiam sobre sua idade para ir à guerra e, atualmente, mentem sobre seu sexo biológico para competir com mulheres.

Além disso, o deputado dirigiu críticas à classe docente, atribuindo a falta de referências e a fragilidade da juventude contemporânea aos professores. Ele mencionou que a juventude está sendo direcionada para manifestações que servem aos interesses de outros, sugerindo que estão sendo manipulados.

Nikolas Ferreira ainda mencionou a participação de atores ativistas como Leonardo Di Caprio, que se engajou na campanha do presidente atual sob o discurso de proteção da Floresta Amazônica durante as eleições do ano passado.

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