Num discurso na tribuna da Câmara em 20 de abril de 2012, o deputado João Caldas (PEN-AL), pai do atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, reclamou que o Ibama havia silenciado sobre a instalação de um estaleiro em Maceió, mas deixava correr solto a exploração petroquímica. Alertou que a Braskem era “um perigo iminente” para a sociedade. “Queira Deus que Alagoas não vire uma nova Chernobyl”.
… e ainda apoiou
Em sua fala, Caldas lembra que a presidente Dilma esteve na cidade para inaugurar a duplicação da planta de PVC. “Trata-se de uma planta condenada há mais de 40 anos na Europa”, disse, lembrando que o dicloroetano e os organoclorados são substâncias cancerígenas. Agora, seu filho, que administra a cidade, quer que a Braskem pague pelos danos causados. “Da nossa parte, já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. É preciso que a empresa pague pelos danos que está causando”, afirma o prefeito.
Black Friday às avessas
Com as propostas de interesse do governo previstas para esse final de ano no Congresso, a avaliação de muitos políticos é a de que essa correria vai ficar mais cara para os cofres públicos. É que muita gente só quer votar se o governo destravar as emendas. Até aqui, não foram liberadas nem 50% do total.
Veja bem
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lutou pela nova lei de licitações aprovada na Câmara dos Deputados. A aposta dos empresários é a de que a mudança irá ajudar a evitar obras paralisadas Brasil afora. Só na educação básica, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 3.580 paralisações. O número total, considerando outros setores, chega a 8.600.
O que muda
Hoje, o chamado pregão eletrônico permite que o empresariado vá colocando o preço e dando descontos, de acordo com o que foi informado pelo concorrente. Agora, esse leilão acaba para obras acima de R$ 1,5 milhão. “Quando abrirem as propostas, cada uma terá dado o seu preço e ponto, sem leilão que possa comprometer a realização. Muitas vezes uma empresa vence porque deu muitos descontos durante o pregão. Depois, para cumprir o que propôs, usa material de baixa qualidade ou larga a obra pela metade. Agora, isso vai acabar”, diz Afonso Assad, da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco).
Análise conjunta
O presidente do PP, Ciro Nogueira, e o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta, conversavam sobre o cenário dessas últimas semanas no Congresso. Enquanto isso, no salão ao lado, o público do Diálogo Esfera acompanhava o debate comandado por João Camargo, presidente do Conselho do Esfera, sobre reforma tributária entre o senador Eduardo Braga, o deputado Reginaldo Lopes e o presidente da CEF, Carlos Vieira.
Em tempo
Eles compartilham da visão do governo, manifestada em reuniões na Cop 28: se o veto ao marco temporal de demarcação das terras indígenas for a votação, será derrubado.
Por falar em votações…
No debate da tributária, no palco do Diálogo Esfera, o deputado Reginaldo Lopes foi incisivo ao dizer que a Câmara não fará “pingue-pongue” com a reforma tributária e nem fatiamento. Isso significa que haverá conversas para tentar aprovar as modificações feitas pelo Senado. “Temos que aprovar a proposta e logo para termos mais transparência sobre o pagamento dos impostos. Hoje, do jeito que está é escondido, é covarde, é por dentro”, afirmou.