A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar o afundamento de solo em Maceió, causado pela exploração de sal-gema pela Braskem, teve a data de instalação definida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O colegiado será instalado na próxima terça-feira (12/12), às 15h. Mais cedo, ocorrerá uma reunião no gabinete do senador Omar Aziz (PSD-AM), cotado para a presidência do colegiado.
Na última quinta-feira (7/12), os líderes partidários indicaram os nomes que faltavam. Pacheco leu o requerimento de criação da CPI em Plenário em outubro.
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Até o momento, foram indicados nove senadores, incluindo o próprio autor da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), dos 11 titulares necessários para a instalação da CPI: Efraim Filho (União-PB), Cid Gomes (PDT-CE), Omar Aziz (PSD-AM), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Jorge Kajuru (PSB-GO), Eduardo Gomes (PL-TO) e Wellington Fagundes (PL-MT). Entre os suplentes estão Magno Malta (PL-ES), Fernando Farias (MDB-AL), Cleitinho (Republicanos-MG), Leila Barros (PDT-DF) e Jayme Campos (União-MT).
O PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), apontou Dr. Hiran (RR) e os blocos Parlamentar Democracia – composto de MDB, União, Podemos, PDT – e o Resistência Democrática – formado por PT, PSD, PSB – ainda devem indicar um e dois membros, respectivamente. Com a maioria de indicados alcançados, o colegiado pode ser instalado, mas o começo dos trabalhos está previsto para o dia 1 de fevereiro de 2024, no retorno do recesso parlamentar.
Calheiros está no centro de uma disputa política com Lira. Em Alagoas, o deputado é próximo ao prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, enquanto o senador é próximo do correligionário Paulo Dantas (MDB). Segundo fontes conversaram com o Correio, Calheiros está interessado na relatoria da comissão e, com Aziz cotado para a presidência, a CPI da Braskem poderia repetir a dupla da CPI da Pandemia.