Governador de Minas Gerais comemorou a prorrogação do prazo para o fim da carência no pagamento da dívida do Estado com a União -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Governador de Minas Gerais comemorou a prorrogação do prazo para o fim da carência no pagamento da dívida do Estado com a União

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), rebateu as críticas que recebeu nos últimos meses em relação à sua postura sobre o diálogo da dívida de Minas Gerais com a União, avaliada em R$ 160 bilhões. Em declaração à imprensa, nesta quinta-feira (15/12), o chefe do poder Executivo mineiro ressaltou que o problema dos débitos não foi contraído durante seu mandato e citou indiretamente o ex-governador Fernando Pimentel (PT).

 

“Desde o início do meu governo, há 4 anos e 11 meses para ser exato, tenho dito que nós temos um problema seríssimo, que é a dívida do Governo de Minas. Para mim, mais que para qualquer outra pessoa, é muito bom saber que agora estamos unidos, e que o problema realmente passou a ser visível. Me parece que, no passado, alguns se negaram a enxergar essa dívida gigantesca - que chegou inclusive, em 2017 e 2018, no governo passado, a atrasar o repasse de recursos para municípios e atrasar a folha de pagamento”, disse.

Zema ainda se disse satisfeito com a prorrogação do prazo do fim da carência do pagamento da dívida, concedido na noite de quarta-feira (13/12) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques. No entanto, sem citar Lula ou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Zema rebateu as críticas e disse que sempre esteve aberto ao diálogo com Brasília.

 

“Sempre fui a Brasília, inclusive muitas vezes solicitei agenda e não havia agenda. Sou um governador que trabalha de segunda a segunda, sem parar, no interior do estado e em Brasília. Da nossa parte, nós estamos totalmente abertos (ao diálogo)”, ressaltou.

 

Em meados de novembro, Lula disse que Zema não comparecia nas reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e que sempre mandava o vice-governador Mateus Simões (Novo). Já o chefe da Fazenda Nacional havia ressaltado que o governador passou quatro anos com um aliado no Palácio do Planalto e não resolveu a dívida de Minas, mas pelo contrário, aumentou o débito de R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões.