Ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabrício Queiroz expressou insatisfação e disse ter sido “abandonado” pela família de políticos, após a entrada no Palácio do Planalto. Em entrevista à revista Veja, publicada nessa sexta-feira (15/12), Queiroz reclamou que nunca ganhou um aceno dos políticos apesar de ter trabalhado para eles.
No caso, Queiroz foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, mas não foi apoiado pela clã Bolsonaro nem pelo ex-presidente, sendo esse o último contato que teve com a família. “O Jair não votou em mim no ano passado. Devia ter outros candidatos melhores do que eu. Ele mesmo [Bolsonaro] sempre me falava isso: ‘No dia em que eu deixar de ser eleito é porque apareceu outro melhor’. Então Lula é melhor do que ele, porque foi eleito”, disse.
O ex-assessor ainda reclamou que, “mesmo” se fosse “bandido”, não deveria ter sido abandonado pela família e que poderiam ter arrumado um cargo para ele trabalhar.
“Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle. Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar. Mas não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O castigo vem a cavalo", frisou.
Queiroz e o clã Bolsonaro romperam as relações após o ex-assessor ser acusado de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador e filho 01 do ex-presidente. Os amigos então foram alvo de ações no Ministério Público do Rio de Janeiro, apontados como líderes de organização criminosa. No entanto, a Justiça decidiu por anular a denúncia.