Lagoa da Barra, no município de Francisco Sá, no Norte de Minas, em 25 de setembro de 2021 -  (crédito: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)

Lagoa da Barra, no município de Francisco Sá, no Norte de Minas, em 25 de setembro de 2021

crédito: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press

Força-tarefa do governo federal vai estar nesta sexta-feira (22/12) em Montes Claros, cidade-polo da Região Norte de Minas, para discutir o socorro às prefeituras e produtores rurais atingidos pela seca que assola municípios da área mineira da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Representantes de vários órgãos federais vão orientar as prefeituras sobre o que ela precisam fazer para receber a ajuda, e os recursos que serão disponibillizados.

 

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De acordo com o deputado Zé Silva (PSD), técnicos dos Ministérios de Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e da Secretaria Nacional de Defesa Civil vão orientar os prefeitos sobre os planos de trabalho que precisam ser elaborados para receber um cartão para a contratação direta de carro-pipa e recebimento de cestas-básicas. “O governo federal também se comprometeu a liberar o seguro safra que há dois anos não é pago aos produtores rurais."

Segundo ele, também serão discutidas medidas que o governo vai tomar para garantir uma linha de crédito especial para os produtores rurais e a prorrogação do prazo para pagamento de empréstimos feitos pelos produtores que não conseguiram honrar as dívidas em função da perda da safra causada pela estiagem prolongada.

Outro assunto a ser tratado é a redução pelo governo do estado do ICMS para compra do milho, usado para alimentar o rebanho. Com a diminuição prometida, afirma o deputado, a saca de milho no estado deve cair cerca de R$ 8, e seu preço deve ficar entre R$ 75 e R$ 77.

O deputado, que já foi presidente da Empresa Mineira de Extensão Rural (Emater) e presidiu a audiência na Câmara dos Deputados realizada na última terça para discutir a seca em Minas, disse que a bancada mineira também vai indicar uma emenda de R$ 36 milhões para amenizar os efeitos da estiagem.

Representantes da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também estarão presentes para discutir a construção de barraginhas e a descentralização da oferta de milho a preços subsidiados para facilitar a compra pelo produtores rurais.


Em Minas Gerais, 123 cidades decretaram estado de emergência em função da pouca ou quase nenhuma chuva que caiu neste ano. O prejuízo em função da estiagem prolongada já atinge a cifra de R$ 1,8 bilhão, segundo levantamento da Emater.


O encontro será realizado na sede da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), presidida pelo prefeito de Padre Carvalho, Nilsinho (Republicanos). “Fiquei impressionado com a reação do governo federal, acionado pelos parlamentares. Agora a Amams vai preparar os municípios para se adequarem a receberem a ajuda, com cestas básicas e caminhões pipas em caráter emergencial. O socorro às vítimas tem de ocorrer agora, pois são muitas famílias que passam fome”, destacou o prefeito.