Uma manifestação em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, na tarde deste domingo (10/12), promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), para o Supremo Tribunal Federal (STF), causou transtornos a estudantes que faziam a prova do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os exames foram aplicados das 13h30 às 17h30, marcando o segundo dia do programa.

Segundo candidatos que fizeram a prova, o som alto das caixas de som posicionadas na Praça Antônio Carlos, no Centro, podia ser ouvido por quem se preparava para prestar a prova no Instituto Estadual de Educação, localizado em frente ao local que recebia os atos bolsonaristas.



“Estamos aqui no Instituto Estadual de Educação para fazer a prova do Pism, e os manifestantes estão com caixas de som tocando música”, reclamou uma estudante identificada como Maria Fonseca, que denunciou a situação nas redes sociais.

Vídeos que circulam na web mostram os manifestantes atirando tomates em cartazes contendo montagens com os rostos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Flávio Dino e Gilmar Mendes. A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), também aparece no “paredão”. Assista: 

 

 

Com manifestações em várias partes do país, os bolsonaristas pedem que os senadores derrubem a indicação do presidente Lula para que Dino ocupe uma cadeira na Suprema Corte. Em Belo Horizonte, os atos foram convocados por líderes da política mineira, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marcelo do Vôlei (PL-MG). Quem também chamou os bolsonaristas às ruas foi o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG).

Vale dizer que a sabatina e votação da indicação de Dino ao Supremo acontecem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e estão marcadas para a próxima quarta-feira (13/12). Na ocasião, o subprocurador Paulo Gonet também será sabatinado, já que ele foi indicado por Lula para chefiar a Procuradoria-Geral da República.

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