O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), disse que é “bobagem” a informação de que a passagem de ônibus na capital mineira poderia aumentar para R$ 7 em 2024. Durante evento na manhã desta segunda-feira (11/12), o chefe da administração municipal pregou cautela ao falar sobre a tarifa do próximo ano frente a discussão orçamentária que ocorre na Câmara Municipal.
“Nessa questão do ônibus, eu vi alguém falando uma bobagem de que vamos passar para R$ 7. Isso é quem não tem informação a respeito do assunto. Nós vamos discutir como é que se apura a questão do subsídio ou a complementação da passagem, olhando as planilhas das empresas, levando em consideração o número de viagens, levando em consideração todos os quesitos definidos pela lei”, disse.
A possibilidade de aumento representa 55,5% do valor atual da tarifa, fixado em R$ 4,50, e foi aventada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel Azevedo (Sem partido), em meio às discussões orçamentárias para 2024. A Lei do Orçamento Anual (LOA), pela primeira vez em 10 anos, apresenta um déficit na casa de R$ 183 milhões, mas também pela primeira vez prevê um subsídio ao modal do transporte público.
Fuad afirma que ainda é preciso avaliar como o sistema se comportou frente à nova lei do transporte, aprovada pelos vereadores em julho e que estabeleceu uma série de critérios para melhorar o sistema de ônibus. “Feito isso, que acontece no final de dezembro, teremos a estimativa do custo real do sistema para o ano que vem. E vamos adaptar ao orçamento. Se for possível ajudar o orçamento, não teremos aumento. Se houver alguma necessidade não vou antecipar, porque não sabemos o que vai acontecer”, frisou.
Atualmente, a passagem de ônibus é mantida com uma complementação repassada pela prefeitura e a Câmara Municipal às empresas do transporte, no valor de R$ 512,7 milhões. Segundo a prefeitura, a proposta orçamentária está prevendo um subsídio de R$ 392 milhões, apenas com os valores repassados pela administração da capital mineira.
Em resposta, Gabriel Azevedo ressaltou que falta transparência na discussão da tarifa. “Criticar o aumento da passagem não é bobagem. Estamos falando do impacto no bolso do cidadão, sobretudo de quem mais precisa. Quando a passagem vai aumentar? Até hoje a prefeitura não respondeu”, disse durante sessão plenária nesta segunda.