O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, compartilhou uma mensagem neste 8 de janeiro, data que marca 1 ano dos ataques golpistas contra os Três Poderes, questionando o papel do ministro Alexandre de Moraes no inquérito que investiga os manifestantes. Segundo o político, o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) deveria se afastar da relatoria.
Costa Neto disse que sempre se manifestou contra as “quebradeiras e invasões” a qualquer propriedade pública ou privada. “Mas depois que o ministro Alexandre de Moraes revelou que havia uma conspiração contra ele, comecei a me fazer novos questionamentos: Será que temos um ministro que queira se proteger ou talvez se promover com esse julgamento?”, indagou.
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o político também questionou as penas de 17 anos contra os manifestantes bolsonaristas. “Será que, para se defender, começou a dizer o absurdo de que os manifestantes, munidos de pedaços de pau, queriam dar um golpe? Que golpe? Quantos tanques de guerra tinham lá? Quantos morreram?”, disse.
Para o chefe do PL, o fato que Moraes estava sendo ameaçado de morte e revelou, em entrevista, um esquema para prendê-lo e enforcá-lo, deveria ser suficiente para que o magistrado fosse afastado das investigações. “Todos sabem que, de acordo com a nossa constituição, quem é parte do processo não pode julgar! Ele mesmo se colocou como vítima”, pontuou.
Moraes afirmou, na última semana, que haviam dois planos contra ele, envolvendo o uso das Forças Especiais de Goiânia, que se livraria do seu corpo no caminho de volta para a capital de Goiás; e outro plano que envolvia enforcá-lo no meio da Praça dos Três Poderes. “Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição", disse Moraes em entrevista ao jornal O Globo.