Favorito de Lula para ocupar o Ministério da Justiça, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski já fez chegar a aliados que precisa montar a própria equipe. Até agora, está garantida a permanência do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e deve ficar o secretário de Defesa do Consumidor, Wadih Damous. Rodrigues deve seu cargo ao próprio Lula e já faz planos para este ano. Damous já foi deputado federal pelo PT e é considerado um dos juristas do partido que tem boa relação com o ex-ministro.
Capelli
A turma do PSB, o secretário-executivo, Ricardo Cappelli, o secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho, e o de Segurança Pública, Tadeu Alencar, não estão garantidos na equipe do Ministério da Justiça. E o que “pega” agora, segundo informações no Planalto, é arrumar uma vaga para essa turma.
Os trabalhos de Marta
Afastada do secretariado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, Marta Suplicy tem traçado os próximos passos para se acomodar bem no papel de candidata a vice-prefeita, na chapa de Guilherme Boulos (PSol). O primeiro é sentar-se à mesa com Boulos e definir seu papel na pré-campanha.
Discurso ensaiado...
A ideia é estabelecer que qualquer assunto relativo à atual administração da prefeitura de São Paulo seja tratado diretamente pelo candidato. Assim, Marta Suplicy estaria preservada de falar mal do ex-chefe.
... e estudado
A função de Marta será dar visibilidade aos seus programas na prefeitura. Como os Centros de Ensino Unificados (CEU). E reforçar a polarização com Jair Bolsonaro, dizendo que não poderia estar no mesmo palanque que o ex-presidente. Afinal, o ex-presidente ganhou no estado de São Paulo, mas perdeu na capital.
Roteiro
O anúncio da volta de Marta Suplicy ao PT tende a ocorrer no mesmo ritmo que foi a chegada de Geraldo Alckmin ao papel de candidato a vice na chapa de Lula. Primeiro, alguns encontros reservados, depois o publico, no jantar do Prerrogativas de 2021. Por fim, a oficialização do convite para ser vice.
Ganhando tempo
Ainda que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não devolva a MP da reoneração da folha de salários, a perspectiva é de derrubada do texto na comissão especial logo depois dos feriados de carnaval. Portanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem um mês para tentar chegar a um acordo com os congressistas sobre o tema.
Espremido
Rodrigo Pacheco está entre a cruz e a espada. É que Efraim Moraes, líder do União Brasil, partido que o ajudou e muito a chegar a Presidência do Senado no primeiro mandato, defende com fervor a devolução da medida provisória que reonerou a folha de pagamentos. E a turma do governo, onde está o PSD tem uma ala favorável à negociação.