No Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, falou nesta terça-feira (16/1) sobre os desafios impostos depois da COP 28 e que é necessário que haja uma valorização dos ativos ambientais. Durante o evento, a ministra disse que para respeitar a Amazônia é fundamental que os conhecimentos dos povos da floresta sejam respeitados. A ministra também citou que para a Amazônia ter um bom caminho para o desenvolvimento econômico, social e cultural é preciso que a economia seja diversificada.
“A Amazônia tem a possibilidade de estabelecer um novo paradigma, que a gente não repita aquilo que aconteceu em outras regiões, como no caso da Mata Atlântica, que já teve uma floresta de 1 milhão e 300 mil km² e hoje temos apenas algo em torno de 9% a 10% da Mata Atlântica. Na Amazônia ainda é possível fazer diferente. Para fazer diferente é preciso em primeiro lugar respeitar o saber milenar dos seus povos, seus conhecimentos tradicionais associados aos recursos naturais uma outra coisa é aprender com a própria natureza”, disse.
Valorização dos ativos ambientais
A ministra afirmou ainda que é necessário que haja um um modelo de desenvolvimento compatível com a sustentabilidade em várias dimensões. “A Amazônia nos evoca para além da sustentabilidade econômica, social e ambiental a sustentabilidade cultural, a sustentabilidade política. Porque o que vamos fazer com ela depende de decisões políticas. Nós já temos tecnologia para o desenvolvimento da bioeconomia."
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Transição energética
Durante o evento, a ministra do meio ambiente reforçou a necessidade de acabar com a dependência de combustíveis fósseis. A ministra defendeu que para isso será necessário o envolvimento dos produtores e consumidores de petróleo.
“Deveremos fazer uma transição para o fim dos combustíveis fósseis e essa transição tem que ser pensada. Nós estamos há 31 anos fazendo debate sobre mudança do clima, mas todos nós sabemos desde o relatório “Nosso futuro comum” que o principal problema é o combustível fóssil. Para isso temos que fazer uma transição envolvendo produtores e consumidores de petróleo”.
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins