As trocas de farpas entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Governo de Minas Gerais ganharam um novo capítulo nesta segunda-feira (22/1). Durante a abertura oficial do Carnaval, o prefeito Fuad Noman (PSD) criticou o vice-governador Mateus Simões (Novo) e ressaltou que a festividade é do povo.
"O vice-governador andou falando umas bobagens de quem não conhece o Carnaval, parece que nem participou do Carnaval no ano passado, deve ter viajado, então falou umas bobagens", comentou Noman ao ser indagado sobre a relação com a organização da festividade com a gestão de Romeu Zema (Novo).
O prefeito também comentou que o Estado "aportou, com patrocínio, R$ 4 milhões" dos R$ 30 milhões que será gasto com a festa.
"Carnaval não é meu nem dele, não é de nenhum dos patrocinadores, é do povo", comentou Fuad, alegando que a responsabilidade do município é fazer a preparação.
Na última quinta-feira (18/1), Simões afirmou que o investimento de R$ 3,5 milhões do Estado na capital mineira tem como objetivo não deixar a celebração se "apequenar" e afirmou que o evento "perdeu potência".
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Apesar da fala, segundo dados apresentados pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), encarregada da organização da festa, o número de pessoas aumentou em 700 mil de 2020 para 2023, salto de 4,5 milhões para 5,2 milhões (não houve Carnaval em 2021 e 2022, devido à pandemia). Esse avanço também foi acompanhado por movimentação financeira e quantidade de blocos.
Anteriormente, o prefeito havia respondido que "quem antes nunca ajudou (na preparação do Carnaval), agora quer aproveitar. Isso é bom". A fala foi em resposta a outra manifestação de Simões, que havia dito que as ações da PBH e do Governo de Minas estavam sendo feitas de forma independentes.
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