O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (22/1), durante evento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, no Palácio do Planalto, que os países que defendem o livre mercado o fazem quando querem vender mas que, para compras, adotam medidas protecionistas.
O petista afirmou que, na segunda reunião do G20, grupo que une as 20 maiores economias do mundo, em 2009, em Londres, foi debatido o fim do protecionismo com o intuito de recuperar a indústria, mas que as ações foram em direção contrária.
"A gente tinha discutido que era para acabar com o protecionismo, como forma de recuperar a indústria. (...) O protecionismo aumentou porque muita gente fala em livre mercado para vender mas quando é para comprar, ele protege seu mercado como ninguém", afirmou Lula.Leia também: Lula em Minas Gerais só depois de março
O debate foi estimulado pela crise financeira iniciada em 2007 e que provocou uma recessão global até 2009.
Nova Política Industrial
O presidente Lula anunciou durante o evento desta segunda que R$ 300 bilhões de financiamentos até 2026 no setor industrial.
O petista afirmou que o governo tem que cumprir o papel de estimular a indústria nacional e para isso retomou uma prática que havia sido abandonada no governo de Jair Bolsonaro (PL), que é a compra de ações de empresas por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que terá R$ 8 bilhões.