O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (22/1) prorrogar por mais 90 dias o inquérito que investiga milícias digitais antidemocráticas.
O alargamento no prazo atende a um pedido da Polícia Federal, que apura a existência de uma organização criminosa com núcleos de produção, publicação, financiamento e político para atacar o Estado de Direito e a democracia brasileira.
Em outubro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que o relatório final da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro e as provas sejam partilhados com os investigadores.
Entre as investigações realizadas pela polícia sobre a existência destas milícias digitais está a verificação de possíveis atos ilícitos praticados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relativos ao recebimento de aproximadamente R$ 17 milhões, enviados por Pix, no primeiro semestre de 2023.
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Na época, apoiadores de Bolsonaro pediram que militantes desembolsassem dinheiro para que o ex-presidente pagasse multa de mais de R$ 1 milhão aplicadas pelo Estado de São Paulo pela não utilização de máscara durante a pandemia.