Arthur Lira sofre pressão de outros parlamentares após veto de Lula a parte do Orçamento -  (crédito: JOEDSON ALVES/Câmara dos Deputados)

Arthur Lira sofre pressão de outros parlamentares após veto de Lula a parte do Orçamento

crédito: JOEDSON ALVES/Câmara dos Deputados


Da mesma forma que o governo está sob pressão dos congressistas que desejam a liberação das emendas, os deputados do baixo clero cobram do presidente da Câmara, Arthur Lira, a volta dos R$ 5 bilhões cortados do Orçamento deste ano. Nos bastidores tem muita gente reclamando que os líderes partidários defendem as suas próprias emendas em acordos com o Poder Executivo e deixam a turma do andar de baixo fora da festa. Essa fala de sintonia em relação ao Orçamento e à medida provisória da reoneração foi que levou ao adiamento da abertura da sessão legislativa, um descumprimento do que prevê a Constituição.


Há precedentes

O texto constitucional é claro, em seu artigo 57. Está escrito que o Congresso Nacional reunir-se-á de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. O parágrafo 1º diz que essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente quanto recaírem em sábados, domingos ou feriados, o que não é o caso. Porém, em 2018, o Legislativo descumpriu essa norma constitucional, tal e qual faz agora.

 

Ajuda aí

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tem feito encontros com as cúpulas de todos os partidos atrás de espaço para negociar alguma coisa que permita a reoneração da folha, nem que seja mais à frente. Até aqui, foram muitos almoços, jantares, promessas de dias melhores virão, mas, neste ponto específico, está difícil.


Esperança

O governo entende a posição do Congresso, mas vai manter a linha de que os deputados e senadores precisam arrumar alguma receita para retomar a desoneração. Se não conseguir arrumar, vai ter que negociar, pelo menos, os demais pontos da MP, como os benefícios ao setor de eventos.

 

Foco no governo

Embora Fernando Haddad tenha sido o candidato a presidente da República em 2018 e o candidato ao governo de São Paulo em 2022, os petistas pretendem deixa-o mais dedicado ao ministério, e se afaste um pouco da pré-campanha de Guilherme Boulos. É que Haddad ganhou fama de “o cobrador” (de impostos). Ou seja, faz o certo, mas não muitos eleitores não gostam.

 

Faltou

O senador Rogério Marinho (PL-RN) reuniu um grupo de senadores para ir ao Supremo Tribunal Federal em defesa do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). O PP do senador Ciro Nogueira não estava na lista daqueles que confirmaram presença.


Campanha na área

O aniversário da maior cidade do país reunirá hoje todas as cores partidárias. A aposta do PT é a de que a presença de Lula nos eventos vai ofuscar o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, candidato à reeleição. Geraldo Alckmin vai ao lançamento da pré-campanha de Tábata Amaral. Cada um com o seu cada qual.