A Polícia Militar prendeu na tarde deste domingo (28/1) duas pessoas suspeitas de agressão a membros do MBL (Movimento Brasil Livre) na avenida Paulista.
Os membros do movimento Vinicius Marzo Almeida da Silva e Felipe Bezian Zeni, que coletavam voluntariamente assinaturas para a criação do partido Missão, foram agredidos por quatro homens no vão do Masp, onde costumam militar aos domingos.
A PM confirmou a prisão de dois deles. Os outros dois teriam fugido. Segundo boletim de ocorrência no 78º Distrito Policial, os consultores Vinicius e Felipe foram agredidos com soco inglês. Um deles foi levado a um pronto-socorro para levar pontos na testa, e outro teve cortes na orelha.
Além do soco inglês, os policiais apreenderam uma faca e spray de pimenta.
Leia também: Filho de 'braço direito' de Brizola, Hélio Rabelo morre aos 62 anos em BH
Segundo o relato do boletim, um dos agressores teria fingido que assinaria a filiação partidária. Logo depois, chamou os militantes de fascistas e deu início a agressões, com outros três homens. Os presos foram identificados como Victor Gabriel e Rogério Silva.
Em nota, o MBL afirmou que vai acionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a autoridade ajude na investigação.
Na rede social X, ex-Twitter, integrantes do MBL repercutiram o caso e afirmam que a ação foi premeditada diante das armas brancas com os agressores. "Há uma quadrilha querendo agredir e matar por razões políticas", afirma Renan Santos, coordenador nacional da organização.
A agressão foi feita com um soco inglês (já apreendido pela Polícia). O militante atua junto a eles. A UP é uma organização criminosa. A casa da Amanda foi atacada por um membro dessa gangue. pic.twitter.com/5wBuSq0EnE
— Renan Santos???????? (@RenanSantosMBL) January 28, 2024
Também circulam as fotos dos dois militantes, que aparecem ensanguentados nos rostos.
Os integrantes do movimento cobraram nas redes pronunciamento de autoridades a respeito --o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) citou o Ministério dos Direitos Humanos do governo Lula.
Desde novembro, o MBL busca assinaturas para criar um partido próprio. O grupo tem a meta de reunir 550 mil assinaturas válidas para entrar com o pedido de registro na Justiça Eleitoral. O objetivo é que o feito seja alcançado até a edição de 2024 do congresso anual do movimento.
Leia também: Governo pode reestatizar empresas de energia; entenda
Um de seus líderes, o deputado federal Kim Kataguiri, hoje na União Brasil-SP, lançou há duas semanas pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo com críticas à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e falas direcionadas à periferia, público-alvo de outro adversário na disputa, o também deputado Guilherme Boulos (PSOL).